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BuscaPé, líder em comparação de preços na América Latina

domingo, 12 de outubro de 2008

O Príncipe das Astúrias e de Fugi.

Se der mole ele “passa o carro”! Alonso conseguiu reerguer das cinzas a equipe Renault e hoje já consegue fazer frente à BMW. Para confirmar a evolução da Renault basta observar o quarto lugar de Nelson Piquet. Esta foi mais uma corrida irretocável do espanhol, no limite, demonstrando toda a sua força mental e o porquê de ser considerado o melhor piloto da atualidade. Grande acertador de carro, Alonso ainda conta com grande capacidade de concentração em limites extremos. E mais. Alimentado pela motivação dada pela vitória conquistada em Cingapura Fernando Alonso foi simplesmente implacável.

Enquanto isso, Lewis Hamilton continua demonstrando a sua falta de controle e amadurecimento, deixando a sua autoconfiança exacerbada superar a racionalidade. Hamilton exagerou na largada e subestimou Felipe Massa ao acreditar que ele aceitaria passivamente a perda da posição. Lewis se joga nas curvas porque acredita que todos sairão de sua frente. Ele age como se não tivesse nada a perder e leva vantagem porque alguns de seus adversários entendem tal risco de confronto como algo desnecessário. Assim, Hamilton desrespeita seus concorrentes por acreditar ser muito melhor do que realmente é. Como disse Jacques Villeneuve, “ele não ganhou nada e fala como se tivesse dez títulos”.

Recentemente, Hamilton afirmou: “sei que sou tão bom quanto Ayrton Senna”.
Ser tão bom quanto Senna é ser tão bom quanto Schumacher, Prost, entre outros.
Senna chegou à F-1 sem padrinhos. Não teve ninguém que o pegasse no Kart e o carregasse no colo até sentá-lo no cockpit do melhor carro da F-1. Foi vice-campeão mundial de Kart numa época em que o melhor brasileiro, salvo engano, Mario Sérgio de Carvalho, não conseguira ficar entre os trinta melhores. Deu a Van Diemen de Ralph Firman dois títulos incontestáveis, demonstrando superioridade massacrante sobre os adversários. Foi mais rápido que os principais pilotos de F-1 da época ao testar o carro dos mesmos (exceto Nelson Piquet), num tempo em que a F-1 tinha Keke Rosberg, Niki Lauda, Prost, Mansell e outros. Chegou à categoria máxima do automobilismo pilotando o pior carro, um Tollemann equipado com motor Hart. Faturou dois segundos lugares, quatro pódios e alguns pontos mais em sua temporada de estréia. Tudo isso sem levar em conta que, para sentar em um carro de ponta ao lado de verdadeiras personalidades e talentos como eram os pilotos daqueles tempos, tinha que ser realmente extra-série.

Hamilton chegou ontem e perdeu, em 2007, o título mais ganho da história da F-1 por falta de preparo psicológico (seu ego massacra sua capacidade de pensar). Agora, disputando o título em uma temporada que ainda nem chegou ao fim, afirma ser tão bom quanto um dos maiores, senão o maior piloto de todos os tempos. Ele não consegue ser melhor que o Mansell e já quer se comparar a Senna, Prost e Schumacher. Não rezou um “terço” e se acha melhor do que quem escreveu a bíblia.

Por fim, Massa fez o que devia ser feito e está com a cabeça melhor do que a de Hamilton. Este, por sua vez, já tem provas de que, com Felipe, “o buraco é mais embaixo”. Se, como disse o inglês, Raikkonen “não tem colhões”, o Massa tem três e de fibra de carbono. Assim, estou, mais do que nunca, confiante numa virada de Felipe e da equipe Ferrari. Basta uma dobradinha para chegar ao Brasil em igualdade de condições.

Pé na lata!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

ESCUDERIA CIRCENSE

A Ferrari é uma equipe circense! Não há outra definição. Tem dinheiro, pilotos, um grande equipamento, mas é circense.

Não é de hoje que a Ferrari se comporta com amadorismo na hora de realizar o trabalho em equipe. São extremamente “fanfarrões”! Quando Jean Todt e Ross Brown - que “coincidentemente” não são italianos – assumiram a Ferrari na “Era Schumacher”, tiveram a missão dar à equipe italiana aquilo que faltava: profissionalismo. Por diversas vezes vi Ayrton Senna se beneficiar das trapalhadas da equipe Ferrari com Prost e Mansell e, mesmo com Schumacher e Barrichello, não era raro tais acontecimentos. A diferença é que, na “Era Schumacher”, em termos de equipamento e piloto, a Ferrari era muito superior às demais equipes. Mas hoje, os equipamentos e pilotos se equivalem e enquanto a disputa depende destes fica tudo lindo e maravilhoso. Porém, quando a corrida e o campeonato saem da esfera dos carros e pilotos e passam a depender do trabalho de equipe, a Ferrari leve um “olé” da McLaren. E sempre foi assim, pois, como disse, existem vários precedentes.

Depois da aposentadoria de Jean Todt a Ferrari ficou acéfala, sem comando, nas mãos do italiano Stefano Domenicalli. Por diversas vezes consignei, neste espaço, a minha indignação com o péssimo gerenciamento da equipe italiana nos últimos dois campeonatos. Não é à toa que, percebendo a gravidade do problema, Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, enviou a Cingapura justamente o ex-diretor da equipe italiana, o francês Jean Todt. E só não mandou o Ross Brown porque ele está na Honda!

O panorama agora é extremamente complicado. A Ferrari precisa de duas dobradinhas com Hamilton em terceiro ou uma dobradinha, nas mesmas circunstâncias, seguida de uma vitória de Massa com Hamilton em segundo. Isso tudo para chegar ao Brasil com um ponto a menos e deixar a disputa no mano a mano. De outra forma, menos provável, só se o carro de Hamilton quebrar. Aí eu pergunto: se a Ferrari não consegue fazer um piloto vencer, o que dizer de dois pilotos? Como acreditar que o finlandês “estampador de parede” ajudará a equipe nesse sentido? Após 24 anos assistindo corridas de F-1, sei que corridas só acabam na bandeirada e que, em três provas, tudo pode acontecer. A Ferrari fez três dobradinhas neste ano. Quem sabe mais três...

Temos que ter muita fé!

CINGAPURA

Tudo muito lindo, muito bem iluminado, bem planejado, mas ultrapassagem que é bom NADA! Mais um circuito de carrossel. Ah, Spa-Francochamps! Oh, Monza!

No mais, Alonso foi brilhante. “Pilotaço!” Eu o acho um tremendo “chorão”, “mimado”, “reclamão”, mas é um grande piloto. Mereceu a vitória. E merece um carro competitivo para abrilhantar mais ainda o espetáculo.

Destaque também para Nico Rosberg, Hamilton e, apesar de toda a incompetência da equipe Ferrari, parabéns a Felipe Massa que foi o melhor do fim de semana (seis décimos no Q3). Infelizmente não se pode contar muito com Kimi Raikkonen.

Um abraço

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O Outro Lado da Moeda

Alguém duvida de que a F-1 é um dos esportes, senão, aquele que mais movimenta dinheiro em todo o mundo? Alguém duvida da quantidade gigantesca de investidores que há na F-1? Quanto significa um patrocínio para uma equipe? Se no futebol houve um intenso rumor de que Ronaldo “fenômeno” teria sido escalado na final da Copa de 1998 por imposição dos patrocinadores, o que dizer sobre a F-1? Está a mesma livre dessas pressões? Óbvio que não!

Analisando a temporada de 2008, verifica-se, facilmente, que Massa é constantemente mais rápido que Raikkonen. Basta observar o número de poles daquele que é o dobro das conquistadas por este.

Na Bélgica, Massa foi mais rápido que Kimi nos dois dias de treinos. E mais. Fez a sua volta de classificação quase quatro décimos mais rápido que o finlandês e com o carro mais pesado, pois parou para o primeiro pit stop duas voltas depois de seu companheiro de equipe.

Entretanto, após a largada, o que se viu foi Kimi Raikkonen abrir, em média, de três a quatro décimos de segundo por volta. Não venham com essa história de que “treino é treino e corrida é corrida”. Melhorar o desempenho em sete ou oito décimos da noite para o dia é algo para se desconfiar.

E aí cheguei ao ponto que queria. Kimi é o atual campeão do mundo e sempre carregou consigo uma maior quantidade de patrocinadores (leia-se: investidores) do que Felipe Massa. É natural que um negócio estável atraia mais investimento do que outro, até então, instável. Kimi era uma realidade enquanto Massa era uma incógnita.

Porém, a situação se inverteu neste ano. Raikkonen vem sendo duramente criticado por suas atuações pífias em contraposição à ascensão de Felipe Massa. Ninguém gosta de investir e não obter retorno. Baseado nisso, acredito que houve, em SPA, uma tentativa de recolocar Kimi Raikkonen na disputa direta pelo título e acabar com a pressão da imprensa pelo apoio integral a Massa na disputa do campeonato. Com isso, cessariam as pressões por parte dos patrocinadores, cobrando uma atitude da Ferrari em relação a Raikkonen sob pena de cortes de investimentos para o ano que vem. E quem acompanha a F-1 sabe que já se viu coisas muito piores acontecerem e por motivos menos “importantes”.

Como explicar o semblante de Massa no pódio? Como explicar a impotência do brasileiro diante da outra Ferrari? O que se viu durante a prova foi um carro Ferrari diferente daquele de sábado em algum aspecto que não sei explicar, mas posso supor. Massa não teve a mínima condição de concorrer com seus adversários em igualdade.

Ocorre que, se eu estiver certo, o “tiro saiu pela culatra”. O “homem de gelo” derreteu e deixou o seu ego superar a razão. Forçou demais numa disputa com o talentoso Lewis e seu McLaren que, como todos sabem, se comporta melhor que os Ferrari na chuva, deixando escapar dez preciosos pontos. Agora está 19 pontos atrás do líder e há 17 pontos de seu companheiro.

Ainda assim, o presidente da Ferrari continua afirmando que a equipe não definirá quem é o número um, mesmo diante da enorme diferença de pontos entre seus pilotos. Por que será?

Está mais do que na hora da Ferrari apostar todas as fichas em Felipe Massa, mesmo que siga na contramão dos patrocinadores/investidores ou quem quer que seja. Se o interesse maior a prevalecer for financeiro, a Ferrari perderá o título para a McLaren.

Quanto à punição de Hamilton, vê-se que o inglês foi um pouco afobado, causando, nos fiscais de prova, a impressão de ter se beneficiado com a sua manobra. Porém, a verdade é que Hamilton passaria Raikkonen mais cedo ou mais tarde. Hamilton usou de surpresa e Kimi, “inocente”, não esperava tal atitude embora todos nós esperássemos isso do “aguerrido” piloto inglês.

Resta-nos aguardar pelo GP da Itália, em Monza, para obtermos as respostas para as nossas dúvidas.

Um abraço.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

No próximo fim de semana acontecerá o Grande Prêmio que, pra mim e para a grande maioria, é o mais esperado do ano. É disparada a melhor pista do mundo. Lá tem ultrapassagem! Já apareceu um elemento cujo nome não sei informar dizendo que a pista de SPA tem que ser reduzida. Que ele vá pra... brincar de carrossel na casa ... dele! Espero que não seja aquele “incrível” arquiteto/engenheiro que tem projetado as espetaculares e modernas “pistas de fila indiana”.

SPA é um templo do automobilismo onde Senna, Schumacher e outros grandes fizeram belíssimas corridas e a história da F-1. Se Mônaco só atraía a Michael e Ayrton, SPA é unanimidade. A Eau Rouge é a curva mais desafiadora de todos os circuitos. Enfim, com probabilidade de chuva, o que se espera, como sempre, é um grande fim de semana.

Será a oportunidade de Massa confirmar sua grande fase e aproximar-se de Hamilton na tabela. Vencer em SPA e depois em Monza é quase tão bom quanto ganhar o título. É melhor do que ganhar um título “muquirana” como o do Raikonen em 2007.
Que Felipe Massa com seu capacete amarelo vença e nos faça lembrar aquele outro brasileiro de capacete amarelo que venceu em SPA.

Quem quiser fazer um retrospecto dos vencedores do GP da Bélgica verá que a maioria esmagadora de seus vencedores foram campeões do mundo.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Massa Tem Sido Perfeito !

Felipe Massa tem sido perfeito e merece, a partir de agora, atenção específica da Ferrari. Não há qualquer precipitação de minha parte em tal assertiva, apesar dos três candidatos ao título estarem próximos na pontuação e de faltar ainda seis provas para o fim do campeonato.
O que me leva a acreditar nisto tem origem nas atuações de Kimi Raikkonen. O finlandês parece ter desaprendido a pilotar. Dá a impressão de estar desconcentrado, desatento e desmotivado. Se isso tivesse ocorrido em uma ou duas corridas, mas não, vem ocorrendo há algum tempo. Tal fato coincidiu com a ascensão de Felipe Massa que tem se classificado com meio segundo a sua frente.
Massa está maduro, é mais aguerrido e mais rápido que Kimi. Se não fossem as quebras e demais problemas oriundos do gerenciamento da equipe, Massa estaria disparado na tabela.
Assim, o resultado foi excelente e o GP, de um modo geral, razoável. Achei que ocorreriam mais ultrapassagens, mas não foi o caso.
Em Spa, na Bélgica, e em Monza, logo a seguir, a tendência é o favoritismo da Ferrari. Mais duas vitórias para Felipe Massa seriam resultados espetaculares, principalmente na Itália. Três seguidas. É um sonho bem possível de ser realizado. Podem acreditar.
Até o dia sete de setembro, dia da independência do Brasil!!!

Um abraço

sábado, 23 de agosto de 2008

A pole position de Felipe Massa foi fundamental em diversos sentidos: para a corrida; para a Ferrari; e para o campeonato. Num circuito que, até então, era uma incógnita, Felipe Massa foi o melhor. Mostrou a todos que está muito forte na disputa pelo título e, principalmente, mostrou seu talento para adaptar-se a uma nova pista.
Por ser um circuito novo, há a possibilidade de choque em decorrência da disputa de posições entre os pilotos que vão no “bolo”. É muito provável que haja um “safety car” durante a prova devido a acidentes. Assim, é importantíssimo largar na frente.
Outro fato que há que se ressaltar é o de que Felipe Massa “engoliu” seu companheiro de equipe e deixou pra trás as McLarens. Com isso, é certo que a Ferrari comece a tender para o lado do brasileiro no sentido de apoiá-lo rumo ao título. Bastará para Felipe fazer uma grande prova e vencer amanhã.
Em relação à atuação dos pilotos, é preciso dizer que há uma importância gigantesca nessa demonstração de força dada por Felipe Massa. Essa adaptação à pista me faz lembrar a superioridade que Senna, Prost, Lauda, Piquet, Mansell e, por último, Schumacher, impunham a seus adversários nas situações de adversidade. Faz com que as pessoas o respeitem e o temam.
Que a sorte acompanhe Felipe Massa e a nós todos, pois a narração da corrida será de Kléber Machado.
Até amanhã.

Um abraço

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Relembrando: Entrevista com Frank Williams


Para falar de Ayrton Senna eu sou muito suspeito. Cresci assistindo, do início ao fim, à sua carreira na Fórmula Um. Estive presente ao GP Brasil de 1986 a 1990. Sempre foi uma referência para mim. Quantos eram os grandes pilotos daquela época? Piquet, Prost, Mansell, Rosberg, Lauda, entre outros. Mas poucos poderiam falar de Ayrton com tanta propriedade quanto aquele que deu a ele a primeira oportunidade na F-1. Sir Frank Williams.

ENTREVISTA COM FRANK WILLIAMS

Frank Williams
16/2/2005

Entrevista ao site da BMW-Williams em abril de 2004

Pergunta: Você deu a Ayrton o primeiro contato com um carro de F-1, em 1983. O que fez com que você o oferecesse aquilo? Quando foi que ele chamou a sua atenção?

Frank Williams: É difícil para alguém na F-1 acompanhar todos os campeonatos de base na Inglaterra, sem falar no continente todo. Portanto, você tende a olhar quem está se saindo sucessivamente bem nos resultados. A lista de Ayrton era impressionante. Encontrei com ele em uma corrida de F-3 e conversamos um pouco. O que impressionava era o fato de ele ser tão determinado a chegar lá. Ele era inteligente, falava um bom inglês, entendia o carro e queria compreender cada vez mais. O caso fez com que eu e Patrick déssemos a ele uma oportunidade de experimentar o carro. Naquela época, meados de 83, hesitamos porque já havíamos assinado com pilotos para 84. Não podíamos testá-lo ou dar uma vaga a ele. No fim, no entanto, a persistência dele compensou e ele demonstrou em apenas 22 voltas em Donington, seu primeiro contato com um carro de GP, quem era. Foi uma performance marcante.

Você pode indicar exatamente no que a performance dele foi tão impressionante?

Frank Williams: Nosso piloto de testes era Jonathan Palmer, que era reconhecidamente muito veloz. Ele esteve em Donington na mesma época e fez um tempo que Ayrton conseguiu igualar em 11 voltas, acho, e melhorar em 1s em 22 voltas. Ele veio aos pits, disse: "Acho que há algo errado com os pneus, é melhor parar agora" e foi para casa. Não havia nada de errado com o motor. A maioria dos pilotos quer usar o equipamento o máximo possível porque podem nunca mais conseguir voltar. Acho que Ayrton já sabia de seu destino.


Quando ele se consagrou na F-1, o que fazia dele um piloto especial?

FW: Em testes e na pilotagem ele concentrava sua mente o tempo todo. Também aprendi em muitas negociações que a estratégia de negócios dele era como a de um mestre de xadrez. Ele tinha muitas manobras bem planejadas antes de se engajar. Ele sempre estava pronto e tinha performances impressionantes.


Qual qualidade dele tem relevância comparado com os pilotos de hoje?

Frank Williams: Penso que, de várias formas, ele definiu a F-1 atual. Ele foi a primeira pessoa a perceber a importância da absoluta superioridade sobre seus rivais em todos os aspectos do trabalho, seja fisicamente ou em termos de completa dedicação e foco mental. Ele sempre estava pensando. A atenção à absoluta superioridade era algo à frente de seu tempo, eu diria. Ele criou uma nova mentalidade no esporte neste aspecto, algo que você vê Schumacher usando muito hoje.

Senna teve uma dura e longa rivalidade com Prost. Você acha que incidentes como o do Japão 1989 encobriram a reputação dele e prejudicaram o esporte na época?

Frank Williams: A rivalidade Senna-Prost foi boa para a F-1. Ela tornou o esporte mais noticiado e atraiu atenção, o que ajudou o lado dos negócios. O incidente no Japão foi ruim para a equipe e para os pilotos, certamente para Ayrton, mas foi uma sensacional notícia. Como um purista, ninguém vai duvidar de seu compromisso com a vitória. Essa não é a essência de um grande esportista? Diria que ele nunca foi perigoso, na minha visão. Alguém que corria riscos, certamente, mas eu sentia que ele aproveitava as oportunidades das corridas que outros não estavam preparados para conseguir.

Como você caracterizaria as diferenças entre Ayrton e o grande rival dele?

Frank Williams: Posso ser tachado de herético, mas sempre suspeitei que Alain de fato tivesse uma habilidade maior. Digo isso lembrando que Ayrton ia mais ao limite do que Alain. Mas Alain nunca explorou o extremo tão consistentemente ou de maneira bem sucedida como Ayrton. Alain corria riscos calculados. Ayrton certamente examinava e então guiava, direto ao limite. Ayrton era todo coragem e pilotagem no carro. Apesar das muitas diferenças, eles também tinham semelhanças. Os dois eram pilotos muito cerebrais, grandes "pensadores". Mas as manifestações deste controle mental eram diferentes.

Como você se sentiu no 1º de maio de 1994?

Frank Williams: Foi muito difícil assimilar instantaneamente o que havia acontecido. Houve um sentimento de responsabilidade, já que ele foi morto em um carro Williams. A verdadeira gravidade e a sensação de seriedade levaram alguns dias para serem percebidas.

Qual foi o impacto da morte de Senna na F-1?

Frank Williams: O esporte de repente ficou com um enorme buraco negro, já que Ayrton foi o melhor e mais marcante da F-1 naquela era. Ele era o campeão do esporte dentro e fora do carro. Sua perda foi um grande choque. Houve uma contagiante sensação de vazio.

O que você consideraria como o maior legado de Senna?

Frank Williams: O mais visível é a incrível base de fãs. Ainda agora, as pessoas lembram dele, falam sobre ele. Você ainda vê posters, camisetas. Ayrton não foi um evento passageiro. Ele foi algo muito especial, duradouro. Ele deixou uma impressão considerável entre aqueles que o conheceram, assistiram, competiram ou ouviram falar. Seu alcance foi vasto.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Queda de Braço

Em meio a tanta besteira que se ouve falar depois das corridas, ouvi um bastante interessante. Diz respeito aos pilotos que disputam o título e aos seus carros. Foi veiculada por um diretor da Bridgestone, fornecedora de pneus da Ferrari e McLaren que, observando o desgaste dos pneus, relatou que o carro da McLaren tem uma tendência a sair de traseira enquanto os Ferrari saem de frente. Tal fato daria uma vantagem à McLaren durante a classificação:
"Basicamente, a Ferrari tem maior tendência a sair de frente do que a McLaren", contou o diretor ao site da revista Autosport.
"O carro da McLaren sai um pouco de traseira. Quando os pneus têm boa aderência, o carro com característica será mais rápido em uma volta única do que aquele que sai de frente ou que tem um acerto "neutro".
"Porém, quando você pensa sobre as condições de pista, especialmente com as temperaturas que tivemos em Hungaroring, então um carro que saia de traseira deve gerar mais calor na traseira que o carro que sai de frente. A temperatura está fazendo a diferença", afirmou Hamashima.
Quanto a Felipe Massa e Kimi Raikkonen, Hamashima disse:
"Quando as condições do carro estão favoráveis, as habilidades de Felipe são 110%, porém, uma vez que o carro não está tão bom, sua habilidade é de 90%. O Kimi consegue uma performance de 100% mesmo quando as condições do carro não são tão boas".
Pouca gente teria isenção e descompromisso para fazer tais assertivas acerca de carros e pilotos. E mais. As afirmações têm respaldo técnico, pois o desempenho dos pneus depende da análise do comportamento dos carros e pilotos.
Vamos esperar que as condições do carro estejam sempre favoráveis para que Felipe deslanche no campeonato e Raikkonen continue levando olé do brasileiro.
Porém, a McLaren continua melhor que a Ferrari, e Hamilton continua firme e na frente da tabela de pontos.
O GP de Valência, que é uma incógnita, será decisivo na demonstração de quais equipes e quais pilotos têm mais força pra vencer essa queda de braço. Acho que a McLaren tem boa vantagem. Dizem que o carro de Hamilton agora tem novos “chifres” aerodinâmicos!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Aí é... aí é difícil !


A sensação é a mesma daquele que, ao estar próximo do orgasmo junto a uma estupenda fêmea, leva uma paulada naquele lugar que vocês estão imaginando.
Que falta de sorte de Felipe Massa!
Largou cheio de Viagra e terminou eunuco.
Estava administrando a prova, com o giro do motor lá embaixo. Fez uma largada fenomenal partindo pra dentro do “sebozinho” e fazendo-o enfiar a viola no saco. Freou pra lá de “Deus me livre”, fritou tudo e foi embora. Deixou pra trás a humilhação sofrida pela Ferrari quando, mesmo diante do erro da McLaren, Hamilton voltou, passou por todos e venceu na penúltima prova.
Muita infelicidade. Mas isso é automobilismo. Lembram do Schumacher no Japão, em 2006, quando vinha em primeiro, a caminho da vitória que poderia levá-lo à disputa do oitavo título e o motor quebrou? Pois é. Não deveria acontecer, mas às vezes acontece.
Ainda assim, o disparate de Lewis no campeonato não foi maior porque a McLaren novamente errou ao não trocar os pneus do inglês no primeiro pit stop. O resultado foi o pneu furado ao fritá-lo numa das freadas.
O Hamilton está com o “back side” apontado pra lua e o “sem sal” do Kimi ainda veio no bonde.
A McLaren está melhor que a Ferrari mas, diante da força demonstrada por Felipe Massa eu acredito na recuperação.
Só que a sorte tem que o acompanhar daqui pra frente porque senão vai ser difícil!

Valência

Valência tem freadas fortes, muitos cotovelos e não tem área de escape. Na busca para andar o máximo num circuito desconhecido os erros acabarão acontecendo. Veremos quem tem melhor capacidade de adaptação. Este será o provável vencedor.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Lá Vem Gp da Hungria

Para aqueles que acompanham a Fórmula 1, sabem que o Gp da Hungria é considerado o mais chato da categoria. Um circuito que não possui nenhum ponto de ultrapassagem, e que na maioria das vezes, quem larga na pole vence a corrida. Convenhamos que Mônaco também é uma corrida bastante monótona, mas tem todo um charme ao seu redor, principalmente observar os “duros” esbanjando luxo e riqueza a bordo de seus iates, enquanto nós ficamos sentados no sofá embaixo do ar condicionado, ou pior ainda, de um ventilador que só funciona fixo, escutando Galvão Bueno e sua sabedoria bastante questionada.
Por isso, sábado é dia de muitas emoções no treino, que tem como favorito Hamilton e sua Mclaren que a cada dia o rendimento parece mais com o carro do Speed Racer, e as Ferraris correndo por fora. Se chover vira aquela loteria, e depois de Rubinho e Nelsinho alcançando o pódio, com chuva aposto até na vitória de Fisichella e sua Force Índia, que de forte só tem o nome e a grana que não é bem investida.
Então meu amigos, domingo é dia de acordar cedo, tomar um café bem reforçado para manter-se acordado durante todo a corrida.

Confira os horários (de Brasília) do GP da Hungria:

Sexta - 5h - Treino livre 1 - SporTV
Sexta - 9h - Treino livre 2 - SporTV
Sábado - 9h - Treino classificatório - Rede Globo
Domingo - 9h - Corrida - Rede Globo


Grande Abraço a Todos.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

As novas pistas da F1

Esse último final de semana, o circuito de rua de Valência, recebeu etapas da F3 Espanhola e da GT Open. Segundo os organizadores, tudo ocorreu como planejado e o circuito ficou mais do que aprovado, mas esqueceram de um pequeno detalhe... Existe uma diferença enorme entre carros de F3 e de F1, ou seja, ainda existe uma certa preocupação.
As últimas corridas debaixo de chuva trouxeram sorte para nossos pilotos brasileiros Rubens Barrichello e Nelsinho Piquet, pois se tornaram uma incrível loteria. Vale lembrar que eram circuitos mais que conhecido pelos pilotos, agora imagine a situação: chuva, em um circuito completamente desconhecido, e repleto de muros!
Além disso, tratando-se de um circuito de rua, não tem como saber a qualidade do asfalto, uma vez que o mesmo fica exposto a diversos fatores durante todo o tempo.
Tudo bem, eles vão colocar um circuito novo as vésperas da corrida, mas basta lembra o Gp do Canadá, no qual só faltou colocarem alguns cones para que os pilotos não andassem sobre aquele combinado de asfalto, "durepox" e areia.
Quem sofre mais ainda é o Gp de Cingapura. Um país que nunca teve tradição no esporte (alguém me diga um esporte famoso por lá!), receberá uma corrida noturna. Se David Coulthard parece não enxergar bem na luz do dia, imagine correndo de noite. Por mais que a iluminação seja de ultima geração, é certo que alguns pilotos vão colocar a culpa da quebra da caixa de câmbio, na iluminação do circuito.
Apesar disso tudo a curiosidade em conhecer esses circuitos é enorme, e quem sabe Felipe Massa possa "adotar" um deles para ser o seu palco de espetáculos, como ultimamente vem fazendo no Gp da Turquia.

Grande abraço a todos.


Em Valência as freadas são fortíssimas e o risco de estampar o muro parece ser grande, haja vista que ninguém conhece a pista, e para obter o melhor rendimento será preciso diversas experiências até a adaptação plena. Quando se tem área de escape tudo bem, mas quando há um muro ao lado, a experiência pode acabar não sendo das melhores. Saberemos lá quem é o melhor piloto em capacidade de adaptação. Aquele que em três ou quatro voltas pega a mão da pista e na décima já começa a fazer tempo. Veremos também aqueles que colocarão desculpas em tudo e em todos para se eximir da responsabilidade e de sua própria incapacidade de adaptar-se e guiar bem.

Um abraço

terça-feira, 22 de julho de 2008

Alonso e a sua Dor de Cotovelo

Depois do Gp da Alemanha realizado neste último domingo, Alonso declarou que o brilhante resultado de Nelsinho Piquet, foi fruto de muita sorte. Tentando desmerecer o resultado de companheiro na Renault, Alonso deixou claro que aquilo poderia ter acontecido com qualquer piloto que estivesse no lugar do brasileiro.
Bom em primeiro lugar, acredito que se no lugar de Nelsinho, estivesse Fisichella de Force Índia ou até mesmo Nakajima de Willians, talvez Felipe Massa conseguiria um segundo lugar. O primeiro, bom piloto mas sofre com o pior carro da categoria. E o piloto japonês, não parece ter muita capacidade de guiar entre os três primeiros, até por falta de experiência, já que Nakajima pulou algumas categorias de base.
Em segundo lugar, gostaria de lembrar que na conquista de seu último título, Kimi era considerado o tremendo azarado da fórmula 1, e Alonso, era conhecido como sortudo. Sendo assim, da mesma maneira que o piloto espanhol tenta desmerecer Nelsinho, abre uma brecha para que possam questionar o seu título.
Não quero alegar a falta de capacidade de Alonso, afinal quem acompanha a Fórmula 1 sabe que o espanhol é um grande piloto, mas ele sempre teve o melhor carro da temporada e praticamente nao tinha companheiro de equipe. Quando o mesmo foi para a Mclaren não conquistou nada, e viu seu companheiro de equipe Lewis Hamilton brilhar. Esse ano com um carro bem inferior as equipes de ponta, nem sequer um pódio o espanhol conseguiu.
Caro Alonso, Nelsinho pode ter tido muita sorte, mas bem que você queria um pouco.

Grande Abraço a Todos.

Lauda está certo

Nem sempre concordo com as opiniões de Niki Lauda, mas ele está certíssimo quando afirma que Hamilton tem tido performances de Senna.
Mesmo quando a equipe erra ele faz a diferença e conserta. Hamilton tem feito as coisas acontecerem.
Desde o início da temporada ficamos aguardando as pistas que, em tese, favoreceriam a Ferrari. Ocorre que, se nas pistas em que se previa tal favoritismo a Ferrari não soube aproveitá-lo ou a McLaren superou as expectativas, o que esperar das corridas seguintes nas quais a favorita é, em tese, a equipe inglesa.
Minha opinião é a de que Hamilton fará barba, cabelo e bigode em Hungaroring.
Espero que não.

Piquet

O que mais me impressionou não foi nem o segundo lugar de Nelsinho porque para tanto ele teve muita sorte. O que chamou minha atenção foi a constância de Piquet e a capacidade de se manter à frente de Massa sem deixar que este se aproximasse. Andou forte e igual a um relógio. Este é o verdadeiro Piquet.

Massa.

Massa fez o que estava ao seu alcance e mais do que a Ferrari podia alcançar. Para tanto, basta olhar para o pífio Raikkonen. O semblante de Felipe era aquele de quem está pensando: “o Hamilton está andando muito e há tempos não me sentia tão impotente diante de um carro que foi sumindo à frente do meu. Eles passaram a nossa frente e nós não vimos”.

Considerações finais

A Ferrari perdeu a competitividade e a pseudo-superioridade em relação à McLaren. Espero que tenha a humildade pra reconhecer a perda porque só assim terá condições de lutar contra Hamilton. Antes da primeira corrida, na Austrália, disse aqui no blog que Lewis era o cara a ser batido. Deu pinta de que não seria, mas agora ele está aí mais forte do que nunca.

Um Abraço

sábado, 19 de julho de 2008

1º, 2º E 3º TRECHO

Os Ferrari andam muito bem no primeiro e no segundo trechos enquanto Hamilton voa no Stadium.
É isso mesmo. Na primeira e na segunda parte da pista, em que pese o fato de encontrar o limite certo para frear e acelerar o que conta mesmo é a velocidade e quem determina a velocidade é o motor e a aerodinâmica. Já na última parte, no Stadium, o que conta é o braço e o equilíbrio do carro. Não vejo os McLaren tão mais equilibrados, mas acredito no braço de Hamilton. Ele é muito agressivo e preciso no terço final.
Outro destaque é Fernando Alonso. Do jeito que está “comendo pedra” e achando vitamina, na hora em que tiver nas mãos um carro competitivo será difícil segurá-lo. Tenho certeza de que a vida de Piquet teria se tornado menos complicada se ele tivesse qualquer outro piloto como companheiro de equipe.
No que tange à dupla da Ferrari, vimos que Massa assombrou Raikkonen. Assombrou e sobrou. Foi muito mais rápido em todos os setores e foi surpreendente tanta diferença.
Aposto em Massa ultrapassando Hamilton no primeiro ou segundo trecho logo na primeira volta e segurando Hamilton no terceiro, muito porque nesta parte da pista não há como passar.
Daí em diante...

Um abraço.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Muitas especulações começam a ocorrer na F-1, principalmente agora, na segunda metade da temporada. Dentre elas, a ida de Alonso para a Ferrari e, mais recentemente, a de Hamilton, num futuro talvez não tão próximo. Levando-se em conta que Vettel também esteve nessa lista, o fato que me incomoda é que toda vez que tais especulações surgem, apesar de não terem nenhuma solidez, o nome cotado para ser substituído é sempre o de Felipe Massa. Definitivamente, Felipe parece não gozar da confiança da mídia automobilística internacional. Parece carregar aquele estigma de segundo piloto de Barrichello, Coulthard e Cia..
Não consigo ver dessa forma. É natural que o finlandês seja visto e tratado de forma diferenciada já que é o atual campeão. Mas não acredito que Raikkonen seja mais piloto do que Massa. Quando muito podem se equivaler na pesagem entre os prós e contras. Entretanto, mesmo na Ferrari, percebe-se que há certa tendência de "confiar" mais em Kimi do que no Felipe numa disputa de título. Eles têm os dados telemétricos e com certeza sabem quem é melhor no conjunto e, apesar de sabermos que nenhum dos dois é extra-série, Kimi demonstra errar menos e talvez seja este o fator determinante. Arriscar nem sempre é uma atitude bem vista na F-1. O risco só vale quando se tem confiança e domínio das circunstâncias de tal forma que o erro seja muito pouco provável. Tem que "confiar no taco". Era o que fazia Schumacher, que acertava quase todas e, mesmo quando errava, conseguia minimizar e até superar as conseqüências ou prejuízos. Já no caso de Felipe, ou a bola vai pra caçapa ou o taco "espirra". E aí fica difícil.
Felipe Massa está bem confiante, mas precisa fazer com as pessoas sintam confiança nele. Uma vitória cairia bem no domingo.

Obrigado pelo desabafo.

Confira os horários (de Brasília) do GP da Alemanha:

Sábado - 9h - Treino classificatório - Rede Globo
Domingo - 9h - Corrida - Rede Globo



quarta-feira, 9 de julho de 2008

Ele merece

Hoje em dia, já não me incomoda mais os inúmeros profissionais, que dizem ser de humor, quando na verdade adoram fazer graça da "desgraça" alheia. Cansam de dizer que Rubens Barrichello é um piloto lento, e que sempre andava atrás do alemão.
Alguns são muito competentes quando trata-se de causar risadas, mas completamente ignorantes e sem um pingo de conhecimento, quando relacionados com o desempenho do piloto na fórmula 1.
Quando Senna, o maior ídolo brasileiro no esporte, conquistou seu 3º título mundial, ele tinha como companheiro um piloto austríaco chamado Gerhard Berger. O mesmo praticamente SEMPRE, andava atrás de Senna e fazia muito bem o papel de 2º piloto. Mesmo assim, Berger era ÍDOLO em seu país, e nenhuma imprensa, seja como forma irreverente ou sarcástica, condenava as atitudes do piloto e sequer questionava sua capacidade.
Agora no nosso país, um piloto que possui o recorde de corridas disputadas, que é atualmente o mais experiente piloto em atividade, que conquistou a sua primeira vitória largando em 18º sendo o ÚNICO piloto com pneu seco numa pista molhada, e que principalmente, era companheiro do maior Gênio da Fórmula 1, Michael Schumacher, é tachado como incompetente. Além disso tudo, uma equipe inteira trabalhava para Schumacher, e até mesmo ordenavam o piloto brasileiro a ceder sua posição ao companheiro alemão, e fora as inúmeras coisas que rolavam debaixo dos panos, que somente Rubinho poderá contar um dia.
Basta lembrar a quantidade de pilotos brasileiros, que tiveram a sua passagem pela Fórmula 1, e hoje em dia somente são lembrados pois estão correndo na Stock Car, que por sinal, nenhum deles tem se destacado.
Então quero parabenizar mais uma vez, nosso querido Rubinho, por mostrar mais uma vez sua capacidade como piloto, mesmo com todas os problemas da sua Honda, que merecia participar do Lata Velha no Caldeirão do Huck.
E para aqueles que não lembram ou não querem lembrar, os melhores momentos da 1ª vitória de Rubens Barrichello na fórmula 1.

Grande Abraço a Todos



domingo, 6 de julho de 2008

Inglaterra 08

Temos coisas boas e coisas ruins para comentar sobre o GP da Inglaterra e o campeonato.

COISAS BOAS:
Começando pelas boas, temos que dar parabéns Barrichello pela brilhante corrida. Repetindo o que sempre afirmei, Rubens não é rápido mas é extremamente sensível para acelerar, corrigir, frear, enfim, guiar o carro. Erra muito pouco e, como não se pode andar rápido na chuva, as demais virtudes de Barrichello acabam se sobressaindo.
Nelson Piquet fazia uma corrida brilhante, mostrando que nos circuitos com os quais tem intimidade ele pode andar tão bem quanto Alonso. Mas foi traído por uma aquaplanagem assim como Kubica. Hamilton foi o mesmo de sempre, combativo, agressivo e rápido. Mereceu a vitória

COISAS RUINS:
O nome das coisas ruins se chama Ferrari. Péssima no planejamento de prova, péssima durante a prova e até durante o treino. Acabou com a corrida de Felipe no sábado e tirou as chances de vitória de Kimi hoje. Inconcebível. Inacreditável. Aposta quando não deve e ainda aposta mal. Tem sido assim há um ano e meio.
Pior. É visível o preterimento de Massa em benefício de Raikkonen. As estratégias são melhores para Kimi e experimentalistas para o brasileiro. Os erros são muito mais números contra Massa e há um ano e meio o que se houve, quando se houve, é um medíocre pedido de desculpas.
O Raikkonen tem mais patrocinadores, mais dinheiro, é o atual campeão ainda que às custas das bobeiras de Ron Dennis e do “fair play” de Massa. Saiu de uma equipe na qual era o primeiro piloto e foi para outra substituir um primeiro piloto. Alguém acredita que um piloto sairia de uma equipe de ponta onde era o piloto principal para ir para outra e ser o segundo piloto? Massa sempre foi o segundo piloto e ainda é. E se quiser ser campeão, terá que, além de ser mais rápido que Raikkonen, contar com a sorte e a boa vontade dos “comandantes”.
Além do mais, Felipe Massa é brasileiro e vida de tupiniquim na F-1 é dura. Os que foram bem sucedidos foram aqueles que realmente eram extra-séries e superaram todos esses percalços e a si próprios.

PRÓXIMAS CORRIDAS.
A Mclaren evoluiu e a diferença acabou. Se continuar desse jeito a Ferrari ainda arrumará uma forma de perder o título.
A Ferrari não aproveitou o momento de superioridade para formar a “gordura” pra queimar no fim do ano.
Está tudo embolado e o placar está empatado para três pilotos. Nesse momento a vantagem psicológica passou a ser de Hamilton.

Um abraço.

sábado, 5 de julho de 2008

Errar pode Até Ser Humano...

... Mas na F-1 custa caro. A Ferrari tem errado muito nos últimos dois anos e principalmente na atual temporada. Tem errado muito mais que seus pilotos, seja no pit stop, na estratégia, nas decisões durante a prova e até no qualifying. Não é nada compreensível partindo-se do princípio de que é a atual campeã buscando o bicampeonato.
A bem da verdade não foi a Ferrari que venceu o título de 2007 mas sim a McLaren que deixou de vencer por conta dos escândalos e brigas entre seus pilotos. O título maquiou o mau gerenciamento da equipe italiana.
Não sei quanto aos amigos do blog, mas eu várias vezes sinto a impressão de que Massa é preterido por alguma ordem superior. É claro que os mecânicos o adoram. Entretanto, tenho a sensação de que fazem as coisas certas acontecerem para Kimi em detrimento de Massa.
Juro que tento pensar que há muito dinheiro envolvido, uma marca, um campeonato de construtores para ser conquistado e que, de forma alguma, a Ferrari abriria mão desse título para ajudar um piloto determinado. Procuro acreditar que isso é coisa do passado, Schumacher/Barrichello, muito porque além de a Ferrari não ter a superioridade daqueles tempos, Kimi não é nenhum extra-série e Massa é tão rápido quanto e mais arrojado que o finlandês. Além de tudo é o líder do campeonato.Ocorre que a cota de erros já esgotou e se a Ferrari pretende realmente ganhar o título tem que refletir sobre o que tem ocorrido e mudar o quanto antes. Não dá pra ficar pedindo desculpas toda hora. Já está ficando estranho demais. A McLaren evoluiu e encostou muito na Ferrari. Alguém tem que assumir o comando e sacudir a equipe.

Até amanhã.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Para com isso, Stewart !

Não sei se é falta do que falar ou não saber se expressar. A última declaração de Jackie Stewart foi a de que Senna não teria vencido tanto se não tivesse Prost como companheiro. Sempre fui defensor de que ter grandes pilotos como referência é uma forma de conseguir extrair de si o melhor. Tenho certeza, por exemplo, que apesar de heptacampeão, Schumacher teria extraído mais de si se tivesse competido mais tempo com Ayrton. Teria um menor número de títulos, porém, com mais valor. Com a morte de Ayrton e a ascensão da Ferrari ao status de melhor equipe, bastou a Scumacher correr "à meia bomba" para ganhar mais quatro títulos. Prost teve essa importância para Ayrton Senna. Era o cara a ser batido. Daí a dizer que sem ele Senna não teria competência para preparar seu carro para ser campeão há uma grande diferença.
Senna foi campeão, com sobras, por todas as categorias pelas quais passou sem ter Alain Prost. Foi vice campeão de Prost com um carro infinitamente inferior, vencendo 5 de 16 corridas em 1993. Em Mônaco chegava a largar dois segundos à frente do tetra campeão com o mesmo equipamento.
Ou o Jackie está esclerosado ou quer polemizar na base do "quem não é visto não é lembrado".
Para com isso!



Continuando as "pérolas" de Jackie Stewart, o mesmo declarou recentemente, que as equipes na Fórmula 1, precisam de técnicos. Segundo Stewart, os pilotos precisam de treinamento e resalta até outros esportes, como Golfe e o Rugby, que por sinal, só para ele, tem algo relacionado com a Fórumla 1.
Será que ele nunca ouviu falar em Pré-temporada ? Nos, cada vez mais famosos, simuladores ? No excesso de tecnologia empregada na preparação física dos pilotos ? Nossa como fala besteira....
Concordo que no tempo que ele corria de Fórumla 1, uma Bicicleta Ergométrica era artigo de luxo. Não tinha a quantidade de energéticos dos dias atuais, que até mesmo patrocinam equipes da categoria, no máximo tinha um suco com bastante vitamina C e sem açúcar. Mas hoje, a cada dia a tecnologia inova, percebe-se pelo físico dos pilotos, nenhum tão acima do peso e tão pouco abaixo.
Por mais individual que a categoria possa ser, ainda tem os famosos Engenheiros, que insistem em mandar o piloto pisar fundo, e passar o carro da frente, como se fosse a coisa mais fácil do mundo. E principalmente nas estratégias das equipes, vide Ross Brown como exemplo.
Jackie, se você continuar assim, vai acabar tornando-se comentarista, ou até mesmo, locutor de corrida.

Grande Abraço a Todos.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Hamilton vai correr em casa... mais pressão....

Domingo a corrida será realizada em um dos templos da fórmula 1, Silverstone. Todo mundo sabe que mesmo com a briga acirrada entre as Ferraris e o polonês Robert "Bueno" Kubica, todos os olhos estão voltados para Hamilton. Como prova de que a bruxa anda agarrada no inglês, domingo passado, numa corrida de lancha, o mesmo se envolveu em um outro acidente. Tudo bem que não foi culpa de Hamilton, mas reforça ainda mais a má fase.
Se não bastasse tudo isso, domingo a corrida será em casa, e a pressão não vai ser pouca. Hamilton ganhando, começará a espantar essa crise e pode iniciar uma busca ao topo da classificação, mas se o rendimento não for acima do esperado... a coisa vai ficar feia.
Massa e Kimi travam uma luta interna que, até o momento, não parece abalar em nada o relacionamento interno dos pilotos, mas ainda falta muito para o final do campeonato, e sabendo que enquanto Kimi tem fama de homem de gelo, sempre muito frio em suas declarações e atitudes, Felipe é um pavio de bomba acesso, pisa no seu calo que explode.
Também vamos comprovar se Nelsinho finalmente entra de vez na Formula 1, ou se o Gp da França contou com mais sorte do que talento.
Outro destaque será a possível declaração de David "Fanfarrão" Coulthard, sobre sua aposentadoria, e digo mais, se David sair aposto em Rubinho para a vaga do escocês na RBR.
E também vale a pena ficar de olho na Toyota, primeiro pelo desempenho consagrado com um pódio de Trulli no Gp passado e segundo que a empresa fará um tremendo marketing do filme Batman: The Dark Night. E quando uma equipe investe em algo do tipo, é certo de um mico histórico. quem não se lembra de Coulthard fantasiado de Super-homem quando sua equipe fazia marketing pro filme.

Confira os horários (de Brasília) do GP da Inglaterra:

Sexta - 6h - Treino livre 1 - SporTV2
Sexta - 10h - Treino livre 2 - SporTV
Sábado - 9h - Treino classificatório - Rede Globo
Domingo - 9h - Corrida - Rede Globo

Grande Abraço a Todos

quarta-feira, 25 de junho de 2008

A Bola da Vez na F1 agora é Lewis Hamilton

As corridas deveriam passar a acontecer de semana em semana para evitar a falta do que falar e fazer. Começou com Massa e depois passou para Mosley. Aí veio o Nelsinho e as especulações sobre o futuro de Alonso. Agora é a vez de Hamilton.
Para chegar à F-1 é preciso talento e apoio ou muito dinheiro. Lewis tem talento e teve o integral apoio da McLaren em sua carreira. Como disse acima, isso tudo é necessário para “chegar” à F-1. Para “permanecer” é preciso muito mais. É preciso equilíbrio emocional para suportar a pressão da imprensa, fãs, patrocinadores, equipe, etc. Seria menos complicado se ele não tivesse jogado fora o campeonato mais fácil de que tive notícia para um piloto vencer. Ele pontuou o ano inteiro e chegou ao pódio em 90% das provas. Só precisava pontuar chegando atrás de seus rivais nas últimas provas. Só precisava chegar em quinto no Brasil. Mas ele amarelou e se complicou. Se tivesse sido campeão, teria aliviado a pressão que não tinha no ano passado por ser estreante.
Agora ele não é mais estreante e, a sua torcida cobra resultados. Pior, Hamilton tem se cobrado demais. E o resultado é mais pressão e mais erros. Todos agora assistem corridas esperando mais um erro para criticá-lo.
Eu o aconselharia a fazer como Senna em 1993. Não tinha nem de perto o melhor carro. Prost e Hill estavam nos Williams “de outro planeta” e Schumacher no Benetton Ford com “40 cavalos” a mais do que os motores Ford que equipavam o carro de Ayrton. O que Senna fez? Correu sem compromisso. Não tinha a obrigação de vencer. Esta era a obrigação de seus adversários. Independentemente do resultado ele iria para a Williams em 1994 e estava ganhando 1 milhão de dólares em contratos celebrados corrida a corrida. E o que aconteceu? Foi a melhor temporada de Senna. Venceu três e chegou em segundo duas vezes nas seis primeiras provas. Acumulou cinco vitórias no ano e foi vice com méritos de campeão. Por que Ron Dennis não orienta esse rapaz? Por que não o orientou antes da largada do GP Brasil 2007 ? Ou será que Hamilton é realmente um desequilibrado. Será o novo Mansell ?
Acredito que não. Mas uma coisa é certa. Hamilton terá que aguardar um pouquinho mais para ser campeão. E, para tanto, tem que se desobrigar e voltar o foco para as corridas.

Um abraço.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Sorte de Campeão

Para ser campeão não basta ter um bom equipamento, talento, mente forte. É preciso ter sorte. Felipe Massa vem apresentando essas características.
O que me faz ter algumas reservas em relação a Massa para apontá-lo como mais forte candidato ao título de 2008 é o fato de Kimi Haikkonen ter andado na frente dele tanto no Canadá quanto na França. Naquele era candidato à vitória quando foi atropelado pelo estabanado. Neste, caminhava para vencer quando teve problemas com a perda de potência originada pelo problema no escapamento.
Assim, Felipe Massa não venceu Kimi Haikkonen. Este é que deixou de vencer por circunstâncias alheias à sua vontade.

HAMILTON “MANSELL”

Habilidosos, rápidos, impetuosos, ingleses e estabanados. Ainda falta muito pra colocarmos Hamilton no patamar de Mansell mas ele está no caminho certo. Mulheres, dinheiro, iates, carros, isso tudo parece até aquele desenho animado mas é onde ele está com a cabeça. É a pura realidade.
Hamilton quando não tem condições de andar na frente com certa tranqüilidade, tenta compensar no braço e aí tem errado muito.
Ele jogou fora o campeonato mais fácil da vida dele e achou que esse ano poderia ser mais fácil. Tem que baixar a bola e dar graças a Deus pela condição que tem na McLaren.
Já pensou se ele estivesse no lugar do Nelsinho? Com o Renault “lento” e Fernandinho filhotinho de papai Briatore... rs...

NELSINHO E TRULLI

Nelson andou muito bem e foi contemplado com pontos à frente de Alonso. Tomara que engrene de vez!
Trulli no pódio! Arrebentaram. Foram os destaques.

INGLATERRA

O circuito beneficia a Ferrari e Massa tem que mostrar que pode vencer Kimi na pista, andando mais que ele. Assim, garantirá superioridade de pontos e fator psicológico a seu favor para administrar o campeonato com segurança.

Um abraço a todos e em especial para os amigos do Blog, Priscila Bar, Daniel Médici e Blog f1grandprix.


sábado, 21 de junho de 2008

Sábado em Magny Cours

Os Ferrari estão uma média de três décimos mais rápidos que os McLaren e BMW. Os BMW surpreenderam pela fraca qualificação. Massa perdeu a traseira do carro na mudança de ângulo de rolagem de uma das sequências do último trecho, o que lhe custou a pole. Entretanto, vinha mais de um décimo mais lento que Kimi na primeira parte. Mas treino é uma coisa e corrida é outra. Massa, tanto quanto preocupar-se em passar Haikkonen, agora terá que prestar a atenção para não perder a posição para Alonso que certamente irá com tudo para cima dele. E é sabido que quando os dois se encontram sai faísca e aí é melhor não criar problema para o campeonato. Mas não dá pra ficar atrás do Fernandinho enquanto o Kimi abre lá na frente. O melhor mesmo é assumir a ponta logo no começo. Arrojo não falta a Felipe.
Aliás, refletindo sobre Massa e Kimi, hoje dá pra afirmar que, em termos comparativos, ambos são rápidos e talentosos com uma pitada (quase nada) a mais de consistência para o Finlandês e uma mar de arrojo a mais para o brasileiro. Felipe ataca mais as zebras e as curvas enquanto Kimi é um pouco mais limpo.
Enfim, se querem minha opinião, vou de Massa!
Que a Ferrari acerte!



sexta-feira, 20 de junho de 2008

Previsões para o Gp da França

Essa coisa de previsão para a corrida funcionava muito, quando um certo alemão corria na Ferrari. Podíamos dizer que a previsão seria vitória de Schmuacher, e depois, poderia até ocorrer uma certa loteria. Hoje em dia, a coisa já fica mais complicada, primeiro pelo nível dos pilotos, que está bastante equilibrado, consequência disso, é o campeonato totalmente indefinido. Segundo pelos deslizes que alguns pilotos vem cometendo, como a batida de Hamilton no último Gp. E principalmente, sem controle de tração, bastou cuspir na pista, que entra Safety Car e as estratégias vão pelos ares.
Não quero dar uma de Galvão Bueno, mas Kubica foi o único piloto de ponta, que ainda não cometeu um erro considerável, e a qualquer momento a bruxa pode pegar carona com o polonês.
Acredito numa boa corrida de Felipe, até mesmo pelo circuito, muito rápido e bastante competitivo, e Alonso, se continuar nesse ritmo que impôs nos treinos livres, vai andar na frente também.
Domingo, após a corrida, os comentários, e esperamos fazer uma resenha de uma bela corrida com vitória brasileira.

Horários da F1 na TV:

Sábado - 9h - Treino classificatório - Rede Globo
Domingo - 9h - Corrida - Rede Globo


Grande Abraço a Todos.