A corrida no seco normalmente é um carrossel, ou seja, sem emoção. Entretanto, choveu, e aí, como havia falado, Mônaco vira roleta russa. Quem leu minha postagem após o treino percebeu que eu, até então, acreditava muito em Hamilton. E ele fez uma brilhante corrida. Se tudo dependesse apenas dos erros dos pilotos, acho que Massa venceria. Mas a Ferrari errou muito e a McLaren acertou. E é aí que reside a diferença. Mesmo com as entradas do safety car, se a Ferrari não tivesse enchido o tanque de Massa até o talo, dificilmente Hamilton abriria tanta vantagem. E mais. Se a Ferrari tivesse chamado Felipe para os boxes quando o mundo percebia que Kubica era dois segundos mais rápido, o brasileiro jamais perderia a segunda posição. A Ferrari errou duas vezes com Massa e uma com Kimi. Este, por sua vez, esgotou a cota de erros e abusou das barbeiragens. Muito mais lento do que Massa, Kimi parecia estar competindo em corrida de demolição. Muito longe do que se espera de um campeão do mundo.
Barrichello chegou em sexto e fez um corridaço. Achou espaços e fez belas ultrapassagens.
O mais importante de tudo foi que Massa tirou toda a diferença que havia para Kimi e está há quatro pontos do líder e há um de seu companheiro de equipe. Não acredito que a McLaren consiga se sustentar na frente, mesmo com todo o talento de Hamilton. A disputa ficará então entre Massa e Kimi e hoje eu sou mais o Massa. O brasileiro sempre foi mais rápido, pé pesado, e tem mais “culhão”. Só pecava pela precipitação e inconstância que está demonstrando ter aprendido a dominar. Assim, Massa saiu lucrando mais do que qualquer um poderia esperar, mesmo chegando em terceiro.
A próxima corrida será no Canadá. Caso se restabeleça a ordem das coisas, Felipe vencerá, com Kimi em segundo e Hamilton ou Kovalainen em terceiro. Isso significará Massa em primeiro com 44 pontos, Hamilton em segundo também com 44 pontos e Haikkonen em terceiro com 43 pontos. Tudo isso na sétima etapa do campeonato.
Tem muita coisa pela frente mas que está ficando bom está!

Um abraço aos amigos.

Treinos em Mônaco

Sinceramente eu não esperava que os Ferrari fossem bater os McLaren em Mônaco. Nem tanto pelos carros mas principalmente porque acreditava num desempenho melhor de Hamilton em relação a seus adversários diretos.
Quando comentei o GP da Turquia, disse que Mônaco reservaria surpresas devido à redução da diferença entre os grandes e os pequenos, proporcionada pelo circuito travado e principalmente pela falta do controle de tração. Continuo achando o mesmo. Entretanto, o que vimos foi o Felipe Massa cada vez mais forte e consistente, provando que pode ser melhor que seu companheiro mesmo numa pista que ele detesta. Foi uma pole digna de campeão, num momento crucial, sob pressão, para lavar a alma e mostrar a que veio.
Todos sabem que é fundamental largar na frente no Principado. O importante agora para Felipe Massa é manter a ponta na largada e buscar uma vantagem cômoda que o permita efetuar o pit stop e voltar à frente de Kimi e, acima de tudo, não cometer erros, porque em Monte Carlo erro é muro. Acredito que buscar tal vantagem não seja tão difícil pois Raikkonen terá Hamilton o tempo todo em seu encalço. Isso se os dois não se estranharem na primeira curva. Só espero que não chova porque aí a corrida viraria loteria.
Assim sendo, Massa tem tudo pra sair de Mônaco como “Rei” e alavancar-se rumo ao título.

Até amanhã.

Você Se Lembra ???... Jean Alesi

Nome: Jean Alesi
Idade: 43 anos
Estréia na F1: 1989 (Gp da França)
Saída da F1: 2001
Vitórias: 1
Poles: 2
Pódios: 32
Títulos: Nenhum






Na fórmula 1, existe uma grande diferença entre aquele piloto que é uma "promessa" e aquele que é um "grande piloto". Geralmente as promessas, começam a sua passagem pela fórmula 1 com pontos nas primeiras corridas, pódios na primeira temporada entre outros resultados razoáveis. Com o passar do tempo, esses resultados somem, e aparecem os erros, parecem que sentem a pressão e não conseguem ser constantes. E o grande piloto é aquele que pode demorar 2 ou 3 anos para começar a ter um bom rendimento, mas esse por sua vez quando começa, não para mais.


Jean Alesi foi a prova de uma grande promessa que não conseguiu render o esperado no decorrer dos anos. Começou sua trajetória na Fórumla 1, na equipe Tyrrell, justamente em casa, no Gp da França de 1989. E nessa mesma corrida de estréia, terminou em 4º lugar.Em 1990, logo na primeira corrida da temporada, Alesi foi destaque ao se manter na liderança do Gp dos EUA, na frente de Senna, por cerca de 30 voltas. Terminou essa mesma corrida em 2º lugar, e em Mônaco repetiu a colocação.



Diante dos bons desempenhos, Alesi era cogitado para todas as equipes de ponta, e acabou indo para a Ferrari, para ser companheiro de Alain Prost. Até o momento parecia ser a mais correta decisão, mas infelizmente a Ferrari teve uma queda brusca de desempenho, e Alesi passou anos lutando por uma vitória.


Essa mesma vitória, só foi alcançada em 1995 no Gp do Canadá, justamente no dia em que completava 31 anos. Schumacher teve problemas elétricos e a corrida caiu no seu colo.



Em 1996, trocou a Ferrari pela Benneton, ao lado de Gerhard Berger. A equipe, que reinava após o bi-campeonato de Michael Schumacher, teve uma queda brusca de rendimento, e o máximo que Alesi alcançou foi uma pole-position.


Em 1998, mudou-se para a Sauber, e novamente continuou como um mero piloto coadjuvante, conquistando alguns pódios, na maioria das vezes em corridas com chuva. Em 2000, disputou a categoria na equipe Prost e no ano seguinte, encerrou sua carreira na Fórmula 1, correndo pela equipe Jordan. Hoje em dia, Alesi disputa a Speedcar Series, um torneio com corridas realizadas no Oriente Médio.




A carreira de Jean Alesi, é bastante questionável. Alguns dizem que o piloto é extremamente azarado, pois em todas as equipes que disputava, as mesmas caiam de rendimento. E outros, como eu, preferem acreditar que Alesi oscilava muito na sua capacidade de guiar, e diria que o mesmo foi sortudo na maioria dos seus feitos, como em sua única vitória.

Nelsinho com os dias contados !

Segundo declarações de Steve Nielsen, um dos chefões da Renault, Nelsinho precisa melhorar seus resultados, senão pode perder o lugar na equipe. Steve declarou que ele precisa mostrar o seu lado bom, pois o ruim todo mundo já viu, e precisa o mais rápido possível.
Todos nós sabemos, que a Renault está longe de ter a mesma competência, da época em que Fernando Alonso foi bi-campeão, mas isso não é desculpa para os constantes erros bobos que Nelsinho vem cometendo, como no Gp da Espanha, no qual devido a sua barbeiragem, ainda tirou o frances Sebastian Bourdais da corrida.
Sinceramente nunca achei Nelsinho um excelente piloto, acho que o seu sobrenome Piquet ajudou a abrir muitas portas, e eu dizia antes de começar o campeonato, que ele precisa mostrar se tem mesmo talento, ou tudo não passou de peixada do papai Nelsão. E deixo claro também que o mesmo papai, deve estar pagando pela língua grande e afiada, que sempre criticou nossos pilotos brasileiros, entre eles Rubens Barrichello, que mesmo com a "Honda Turtle Force", consegue chegar na frente do seu filhote. E se Rubinho trocasse de lugar com Nelsinho ??? Tenho certeza que Barrichello ia fazer bonito, sem precisar da ajuda do papai.


Estréia na F-1 não é tão simples. Estrear em equipe grande é mais complicado ainda. Se há o lado bom de poder contar com um melhor equipamento, há o lado ruim proveniente das cobranças.
No caso de Nelsinho, a cobrança é maior ainda devido ao sobrenome e aos resultados de Fernando Alonso. Este, por sua vez, tem toda a atenção da equipe voltada para si. Tudo isso, aliado à sua experiência na preparação do carro, conhecimento das pistas e talento, leva Nelsinho à situação incômoda que vive.
Não se pode cobrar que ele ande o mesmo que Alonso porque isso não ocorrerá. Acredito que ele deva adequar mais o carro à sua forma de guiar, evitando copiar acertos do espanhol além do necessário. Alonso é uma referência mas Nelson precisa criar sua identidade e experimentar, tentar acertar e não apenas se conformar com aquilo que dizem que tem que ser feito.
A diferença se faz no detalhe.
A ultrapassagem que Nelsinho fez na Turquia mostrou que ele sabe fazer. Mas precisa ter mais consistência durante a prova, autoconfiança.
Começar a andar no mesmo segundo de Fernando Alonso é vital.
Entretanto, ainda é cedo para se falar em demissão ou qualquer coisa parecida. Porém, de Briatore pode se esperar qualquer coisa, basta lembrar de Kovalainen.
Quanto a Lucas Di Grassi, piloto da GP2 e também piloto de testes da Renault, posso dizer que é muito rápido e maduro. Tem boa cabeça e mente forte. Dificilmente erro. Ele tem futuro na F-1. Acreditem.

Turquia

Excelente corrida de Felipe Massa. Mereceu a vitória mais do que ninguém pois foi o melhor durante todo o fim de semana. Por mais que Hamilton tenha assustado a alguns durante a transmissão, era um tanto suspeito todo aquele desempenho já que não era isso que a McLaren havia mostrado na sexta e no sábado. Entretanto, sabíamos que o desempenho da escuderia inglesa estava ótimo com pneus duros e péssimo com pneus macios. Por isso Hamilton só utilizou os pneus macios na última parte da corrida. Quanto a Raikkonen, era de se esperar que não fosse para o confronto com Lewis, mesmo estando mais veloz.
Se não fosse a estratégia adotada pela McLaren a corrida teria sido monótona.

McLaren

O que a McLaren fez com Hamilton foi espetacular e inversamente proporcional ao que fez com Kovalainen. Aquilo foi um absurdo! Kovalainen tem dado um “pau” no Hamilton e eles estragam a corrida do cara dessa forma.

Alonso

O espanhol merece elogios pois vem operando milagres com aquele barco. A forma como o Ferrari se aproximou e passou pelo Renault foi impressionante. Parecia F-1 contra GP2.

Piquet

Linda ultrapassagem feita por Piquet. Fez a primeira perna da curva por fora para pegar a preferência da segunda perna. Mas de nada adiantou. Continua lento e terminando no fim do terceiro pelotão enquanto Alonso pontua e larga entre os dez.
Dezessete carros terminaram a prova e ele foi o décimo quinto, atrás do Honda de Barrichello, enquanto seu companheiro terminou atrás somente dos três bichos papões: Ferrari, McLaren e BMW.
Uma boa ultrapassagem em cinco corridas sem pontos e sem andar, sequer, no mesmo segundo do companheiro o leva a uma situação muito complicada.
Está difícil mesmo para ele.

Mônaco

Na próxima prova, o importante para Massa é se manter à frente de Kimi Raikkonen. É uma pista complicada e ficará mais ainda sem o controle de tração.
Felipe não gosta da pista e seu retrospecto não é tão bom assim por lá. Tem que ter cuca fresca, mente forte e equilíbrio para aproveitar ao máximo a boa fase e não achar um muro.
Em Mônaco, se Hamilton é tudo isso que a mídia inglesa fala, ele fará, no mínimo, a pole position.
Acredito até no primeiro pódio de Alonso.
A distância entre os pequenos e os grandes diminuirá e reservará surpresas durante a prova.
Pode acreditar!

Nessa semana tem a coluna “GP inesquecível”.
Um forte abraço aos amigos do blog.

Parabéns Rubinho !!!

Esse final de semana, nosso piloto brasileiro alcança a marca de corridas disputas, que pertencia a Ricardo Patrese. Um piloto extremamente talentoso, mas que sempre foi criticado pela impresa, principalmente a do nosso país. Como já havia dito quando mencionei Olivier Panis, na coluna "Você Se Lembra ?", Rubinho assumiu um posto que pertencia, e sempre vai pertencer a Ayrton Senna. Não o posto de ídolo, mas o de simplesmente ligarmos a televisão, e acreditarmos numa vitória, sem depender da batida ou abandono de Mcihael Schumacher. Mas podem falar o que quiser, Rubinho mostrou que talento não se discute, e muitos que tanto o criticavam, hoje mordem a sua língua, entre eles Nelson Piquet, pai de um piloto que se não mostrar serviço, pode perder a vaga para o polonês Robert Kubica.

Segue os horários do Gp da Turquia desse final de semana.

Sexta - feira: 05h - Treino Livre (SPORTV)
Sexta - feira: 08h - Treino Livre (SPORTV)
Sábado: 8h - Treino Classificatório (Rede Globo)
Domingo: 9h - Corrida (Rede Globo)

Grande Abraço a Todos.

EQUIPES COM TRES CARROS

Andaram ventilando pelo paddock a possibilidade de cada equipe poder concorrer com até três carros.
É verdade que seria muito bom ver Alonso, Kimi e Massa nos carros da Ferrari, Hamilton, Kubica e Kovalainen nos McLaren, Nico Rosberg, Heidfeld e Vettel, por exemplo, nos BMW.
A questão é: de que forma isso seria feito?
Uma solução seria o aumento do número de carros no grid. Com a saída da Super Aguri sobraram vinte carros, ou seja, dez equipes. Assim, passaríamos a ter a possibilidade de ver até trinta carros largando em um GP.
Alguns podem então questionar sobre como ficaria a situação das equipes pequenas.
Com a saída da Super Aguri, não vejo mais nenhuma equipe pequena na F-1.
Acho a idéia viável e uma interessante forma de dar a alguns talentosos pilotos a possibilidade de contar com um equipamento de ponta para disputar títulos.
O público tem muito a ganhar.

Essa charge merece destaque hehe !!!