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BuscaPé, líder em comparação de preços na América Latina

domingo, 12 de outubro de 2008

O Príncipe das Astúrias e de Fugi.

Se der mole ele “passa o carro”! Alonso conseguiu reerguer das cinzas a equipe Renault e hoje já consegue fazer frente à BMW. Para confirmar a evolução da Renault basta observar o quarto lugar de Nelson Piquet. Esta foi mais uma corrida irretocável do espanhol, no limite, demonstrando toda a sua força mental e o porquê de ser considerado o melhor piloto da atualidade. Grande acertador de carro, Alonso ainda conta com grande capacidade de concentração em limites extremos. E mais. Alimentado pela motivação dada pela vitória conquistada em Cingapura Fernando Alonso foi simplesmente implacável.

Enquanto isso, Lewis Hamilton continua demonstrando a sua falta de controle e amadurecimento, deixando a sua autoconfiança exacerbada superar a racionalidade. Hamilton exagerou na largada e subestimou Felipe Massa ao acreditar que ele aceitaria passivamente a perda da posição. Lewis se joga nas curvas porque acredita que todos sairão de sua frente. Ele age como se não tivesse nada a perder e leva vantagem porque alguns de seus adversários entendem tal risco de confronto como algo desnecessário. Assim, Hamilton desrespeita seus concorrentes por acreditar ser muito melhor do que realmente é. Como disse Jacques Villeneuve, “ele não ganhou nada e fala como se tivesse dez títulos”.

Recentemente, Hamilton afirmou: “sei que sou tão bom quanto Ayrton Senna”.
Ser tão bom quanto Senna é ser tão bom quanto Schumacher, Prost, entre outros.
Senna chegou à F-1 sem padrinhos. Não teve ninguém que o pegasse no Kart e o carregasse no colo até sentá-lo no cockpit do melhor carro da F-1. Foi vice-campeão mundial de Kart numa época em que o melhor brasileiro, salvo engano, Mario Sérgio de Carvalho, não conseguira ficar entre os trinta melhores. Deu a Van Diemen de Ralph Firman dois títulos incontestáveis, demonstrando superioridade massacrante sobre os adversários. Foi mais rápido que os principais pilotos de F-1 da época ao testar o carro dos mesmos (exceto Nelson Piquet), num tempo em que a F-1 tinha Keke Rosberg, Niki Lauda, Prost, Mansell e outros. Chegou à categoria máxima do automobilismo pilotando o pior carro, um Tollemann equipado com motor Hart. Faturou dois segundos lugares, quatro pódios e alguns pontos mais em sua temporada de estréia. Tudo isso sem levar em conta que, para sentar em um carro de ponta ao lado de verdadeiras personalidades e talentos como eram os pilotos daqueles tempos, tinha que ser realmente extra-série.

Hamilton chegou ontem e perdeu, em 2007, o título mais ganho da história da F-1 por falta de preparo psicológico (seu ego massacra sua capacidade de pensar). Agora, disputando o título em uma temporada que ainda nem chegou ao fim, afirma ser tão bom quanto um dos maiores, senão o maior piloto de todos os tempos. Ele não consegue ser melhor que o Mansell e já quer se comparar a Senna, Prost e Schumacher. Não rezou um “terço” e se acha melhor do que quem escreveu a bíblia.

Por fim, Massa fez o que devia ser feito e está com a cabeça melhor do que a de Hamilton. Este, por sua vez, já tem provas de que, com Felipe, “o buraco é mais embaixo”. Se, como disse o inglês, Raikkonen “não tem colhões”, o Massa tem três e de fibra de carbono. Assim, estou, mais do que nunca, confiante numa virada de Felipe e da equipe Ferrari. Basta uma dobradinha para chegar ao Brasil em igualdade de condições.

Pé na lata!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

ESCUDERIA CIRCENSE

A Ferrari é uma equipe circense! Não há outra definição. Tem dinheiro, pilotos, um grande equipamento, mas é circense.

Não é de hoje que a Ferrari se comporta com amadorismo na hora de realizar o trabalho em equipe. São extremamente “fanfarrões”! Quando Jean Todt e Ross Brown - que “coincidentemente” não são italianos – assumiram a Ferrari na “Era Schumacher”, tiveram a missão dar à equipe italiana aquilo que faltava: profissionalismo. Por diversas vezes vi Ayrton Senna se beneficiar das trapalhadas da equipe Ferrari com Prost e Mansell e, mesmo com Schumacher e Barrichello, não era raro tais acontecimentos. A diferença é que, na “Era Schumacher”, em termos de equipamento e piloto, a Ferrari era muito superior às demais equipes. Mas hoje, os equipamentos e pilotos se equivalem e enquanto a disputa depende destes fica tudo lindo e maravilhoso. Porém, quando a corrida e o campeonato saem da esfera dos carros e pilotos e passam a depender do trabalho de equipe, a Ferrari leve um “olé” da McLaren. E sempre foi assim, pois, como disse, existem vários precedentes.

Depois da aposentadoria de Jean Todt a Ferrari ficou acéfala, sem comando, nas mãos do italiano Stefano Domenicalli. Por diversas vezes consignei, neste espaço, a minha indignação com o péssimo gerenciamento da equipe italiana nos últimos dois campeonatos. Não é à toa que, percebendo a gravidade do problema, Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, enviou a Cingapura justamente o ex-diretor da equipe italiana, o francês Jean Todt. E só não mandou o Ross Brown porque ele está na Honda!

O panorama agora é extremamente complicado. A Ferrari precisa de duas dobradinhas com Hamilton em terceiro ou uma dobradinha, nas mesmas circunstâncias, seguida de uma vitória de Massa com Hamilton em segundo. Isso tudo para chegar ao Brasil com um ponto a menos e deixar a disputa no mano a mano. De outra forma, menos provável, só se o carro de Hamilton quebrar. Aí eu pergunto: se a Ferrari não consegue fazer um piloto vencer, o que dizer de dois pilotos? Como acreditar que o finlandês “estampador de parede” ajudará a equipe nesse sentido? Após 24 anos assistindo corridas de F-1, sei que corridas só acabam na bandeirada e que, em três provas, tudo pode acontecer. A Ferrari fez três dobradinhas neste ano. Quem sabe mais três...

Temos que ter muita fé!

CINGAPURA

Tudo muito lindo, muito bem iluminado, bem planejado, mas ultrapassagem que é bom NADA! Mais um circuito de carrossel. Ah, Spa-Francochamps! Oh, Monza!

No mais, Alonso foi brilhante. “Pilotaço!” Eu o acho um tremendo “chorão”, “mimado”, “reclamão”, mas é um grande piloto. Mereceu a vitória. E merece um carro competitivo para abrilhantar mais ainda o espetáculo.

Destaque também para Nico Rosberg, Hamilton e, apesar de toda a incompetência da equipe Ferrari, parabéns a Felipe Massa que foi o melhor do fim de semana (seis décimos no Q3). Infelizmente não se pode contar muito com Kimi Raikkonen.

Um abraço