Google
BuscaPé, líder em comparação de preços na América Latina

quarta-feira, 26 de março de 2008

Corridas Inesquecíveis - Gp Brasil 1988 - Há 20 anos...

Hoje é a estréia da coluna "Corridas Inesquecíveis".

Lembro-me como se fosse ontem. Após quatro temporadas na F-1, uma delas em uma equipe pequena (Tollemann) e as três outras guiando um carro potente, instável e beberrão (Lotus), Ayrton Senna estreava pela McLaren, em 1988, guiando o modelo MP 4/4, ao lado do ilustre tetra campeão mundial Alain Prost.Eu estava nas arquibancadas do Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Jacarepaguá, mais especificamente no setor T, de frente para o fim da reta oposta e, como todos que lá estavam, aguardava ansiosamente a largada. As McLarens eram bem superiores e Senna fez a pole, seguido por Nigel Mansell com a Williams. Minutos antes da largada Prost, em terceiro, fora beijado pelo folclórico “Beijoqueiro”.
Tudo parecia perfeito até subirem os giros dos motores. Ayrton então acenava com os braços sinalizando algum problema. Seu motor havia apagado. Pela regra, Senna teria que largar em último, dos boxes. Banho de água fria? De forma alguma. Após a luz verde e todos os carros passarem pela saída do pitlane, Senna enfim larga. Maurício Gugelmin com sua March não andou mais que 200m. Piquet, com sua Lotus Camel “amarela” fazia milagres lá na frente após ter ganho a quarta posição. O grid contava ainda com Patrese, que abandonou, Alboreto e Naninni, que fez linda ultrapassagem sobre aquele na saída da curva dois, Boutsen, Capelli e Berger, entre outros, que também faziam parte daquele elenco. Enquanto isso Alain, “Rei do Rio”, passeava em primeiro. Ayrton Senna então iniciou uma daquelas suas famosas corridas de recuperação. Ao passar na reta oposta, logo na primeira volta, já tinha ganho cinco posições. E assim se sucedeu até chegar nos ponteiros. Passou por Alboreto e numa belíssima e arriscada manobra, Senna ultrapassou Boutsen e Warwick no fim do retão. Todos esperavam que ele fosse aguardar uma melhor oportunidade mas ele arriscou tudo e deixou-nos em pé e apavorados sobre as antigas arquibancadas de madeiras e tubos do Autódromo de Jacarepaguá. Assumida a quinta posição, o próximo seria Piquet, em quarto. Naquela época de transição, a torcida brasileira já se encontrava
em polvorosa com as proezas de Senna e um tanto enfadonha com a aspereza de Piquet. Torcidas divididas à parte, o que poucos ali tinham consciência era de que participavam de um momento histórico e que dificilmente se repetirá na F-1. Dois tricampeões mundiais brasileiro juntos. Dois grandes expoentes do automobilismo em todos os tempos. Voltando à corrida, Senna passou Piquet, também no fim da reta oposta, mais uma vez na minha frente. Com o abandono de Mansell e com a demorada troca de pneus da Ferrari de Berger, Senna assumiu a segunda posição antes mesmo da metade da prova.
O próximo seria Prost. Seria, porque Ayrton recebeu a bandeira preta pelo empurrão que seu mecânicos deram em seu carro para fazê-lo pegar por ocasião do pit stop. Prost venceu facilmente, Berger chegou em segundo e Piquet, que havia voltado do pit stop na quinta posição, enriqueceu o pódio em terceiro.
Saí do Autódromo muito feliz, diante do show de Senna e do pódio de Piquet. Poderia ter sido melhor? Sim, poderia. Como foi a dobradinha brasileira Piquet/Senna, no GP Brasil de 1986. Eu também estava lá, mas aí é outra inesquecível história.




segunda-feira, 24 de março de 2008

"...Senti Algo Estranho..."

Por estar viajando, não pude postar nesta coluna durante o fim de semana. Porém, como faço há 24 anos, assisti aos treinos e à corrida com aquela imensa vontade de ver a recuperação da Ferrari e, principalmente, a volta por cima de Felipe Massa. Consegui assistir à primeira, mas quanto a segunda...
Tudo começou da melhor forma, co
m a pole de Felipe e Kimi completando a primeira fila. Com a punição das McLaren parecia que tudo ficaria mais fácil. E realmente foi, para Kimi. Massa largou e se colocou à frente de Haikkonen. Lewis, com arrojo e precisão, adquiriu várias posições mas teve problemas na troca de pneus o que comprometeu sua corrida. Kubica andou o que pôde sem cometer erros e isso foi mais do que suficiente para garantir, com brilhantismo, a segunda posição. Kovalainen, que vem surpreendendo, mais uma vez andou tão ou mais rápido que Hamilton. Alonso continua operando milagres ao pontuar com aquele carro e Heidfeld, competente como sempre, começa a ser “assombrado” pelo polonês. Trulli conseguiu colocar a Toyota em quarto e merece elogio.
Entretanto, o que se viu foi um banho de Kimi. Lá na frente ele se deu ao luxo de buscar seguidas voltas mais rápidas no fim da prova. Sobrou muito. Parecia corrida de outra categoria. Enquanto isso, seu companheiro Felipe Massa...

CULPADO: “COELHO DA PÁSCOA”

Enfim foi descoberta a causa do “algo estranho” que Felipe Massa sentiu ao entrar mais forte do que devia naquela segunda perna de curva. Foi um “chocolate finlandês” comido por ele antes da prova. Maldito Coelho!!! Será que ele já havia dado o “chocolate” para Felipe antes da largada em Melbourne? Parece que, após ingerir tal chocolate, “algo estranho” escorre pelo cockpit e cai sob a roda traseira esquerda do carro fazendo Massa rodar apontando o bico da Ferrari para a direita.
É melhor crer nisso ou enfrentar a realidade?

Voltando ao mundo real, a verdade é que Felipe Massa cometeu o mesmo erro que havia cometido em Melbourne, qual seja, a afobação. Na A
ustrália ele se afobou e acelerou antes. Na Malásia ele entrou forte demais e se perdeu. Ele está sofrendo o efeito “areia movediça”. Quando se está na areia movediça, a afobação só faz a pessoa afundar cada vez mais. È preciso ter calma e parar para raciocinar a fim de buscar uma saída para tal situação.
São dois pontos que devem ser considerados nessa nova F-1: as dezessete corridas da temporada e a pontuação que privilegia o segundo colo
cado e dificulta a recuperação por mais que se vença corridas. Felipe Massa vem esquecendo-se de ambos ou sequer parou para pensar nisso, o que seria mais grave, porém, menos provável.
Felipe Massa está há seis anos na F-1 mas aparenta não ter experiência para administrar o ímpeto e entender que, naquelas circunstâncias, somente um erro de Kimi lhe daria a primeira posição. O mínimo a ser feito seria ficar em segundo e garantir oito pontos que o deixaria três atrás do finlandês. Mas não. Mais uma vez forçou na hora errada e errou. Comprometeu a si no campeonato de pilotos e à Ferrari no de construtores. Poderia estar seis pontos atrás de Hamilton e agora está quatorze. A Ferrari poderia estar em segundo e está em terceiro. Em quem a Ferrari depositará confiança?


GALVÃO E REGINALDO.

Com todo respeito e admiração que tenho por Galvão Bueno e Reginaldo Leme, afinal os ouço desde que comecei a assistir fórmula 1 e eles estão nisso há muito mais tempo que eu, começar a aventar um possível favorecimento da Ferrari a Ki
mi em detrimento de Massa soa pra mim como uma afirmação descabida. A verdade é que Haikonnen voltou dos boxes e abriu quase cinco segundos em relação a Massa. Culpa ou não de um set melhor ou pior de pneus, passar Felipe seria uma questão de tempo e os seis décimos de segundo não fariam diferença pois Kimi já era mais rápido antes mesmo da parada e a Ferrari sabia disso. Ainda que acreditemos na hipótese de favorecimento, a Ferrari somente teria facilitado as coisas e evitado que o “destempero” de Felipe pudesse vir a comprometer não só a sua corrida como também a de Kimi Haikkonen numa eventual disputa de posição. Seria grave, mas não tanto como os favorecimentos outrora ocorridos em tempos de Schumacher. Favorecido ou não Kimi venceu e fez a sua parte.


MASSA

Confesso que sou órfão de uma geração ímpar do automobilismo. Aquela famosa foto reunindo no muro do paddock Senna, Prost, Piquet e Mansell traduz tudo. São onze títulos conquistados pelos quatro. Sem falar em Niki Lauda, Keke Rosberg e outro campeões mais. Todos contemporâneos.
Após a morte de Senna o torcedor brasileiro tem buscado alguém em quem realmente se possa confiar e acreditar. Felipe Massa é, desde então, a nossa maior esperança. Porém, venho sentindo aquela dolorosa carência que sentem os órfãos. É péssimo ter que dar o braço a torcer e voltar a contemplar o automobilismo como admirador do esporte e não mais como apaixonado torcedor brasileiro. O coração de torcedor está voltando a convalescer.

Faltam dezessete corridas. Reage Felipe! Por você e pelo coração brasileiro!

quinta-feira, 20 de março de 2008

Gp da Malásia

Madrugada de sábado para domingo vai valer a pena ficar acordado, afinal um Gp com Sepang, com muitas curvas de alta e diversos pontos de ultrapassagem, colocam mais emoção nessa temporada, que tem tudo para ser a melhor dos últimos anos.
A expectativa para a corrida, são as respostas para algumas questões que já começam a movimentar o circutio da formula 1. Será que a Honda realmente vem pra surpreender esse ano ? Alguns estreiantes como Bourdais, Nelsinho Piquet, Glock e Nakajima vem pra ficar, ou serão apenas coadjuvantes do circo ? A Mclaren, mais precisamente
Hamilton, vai passear novamente ou a Ferrari começa a dar as caras ? Essas entre outras muitas e muitas perguntas que vão se prolongar durante toda a temporada.
Em particular, vou ficar de olho em 3 pilotos: Kubica, Vettel e Heidfeld, esses que além de terem competência de sobra para brilhar esse ano, podem vir a ocupar um lugar ano que vem na Mclaren, caso Kovalainen acumule resultados regulares, ou até mesmo no lugar de Felipe Massa, que não vem numa boa fase na Ferrari.
Só pra encerrar, a previsão do tempo é de TEMPESTADE no final de semana em Sepang, mas nunca consigo confiar nessa meterologia furada.
Segue abaixo os horários do final de semana:


Quinta - Feira: 23h - Treino Livre (SPORTV2)

Quinta - Feira: 23h45 - Treino Livre Cont. (SPORTV)
Sexta - Feira: 3h - Treino Livre (SPORTV)
Sábado: 3h - Treino Classificatório (Rede Globo)
Domingo: 4h - Corrida (Rede Globo)


quarta-feira, 19 de março de 2008

Por Onde Anda.... Thierry Boutsen

Por Onde Anda ??

Hoje eu inauguro a coluna Por Onde Anda. Nessa coluna, apresento um piloto que fez a sua parte na Formula 1, mas nunca mais se falou sobre o mesmo. E para inaugurar a coluna, trago o piloto Belga Thierry Boutsen.


Nome: Thierry Boutsen
Idade: 51 anos

Estréia na F1: 1983 (Gp da Bélgica)

Saída da F1:1993 (Gp da Bélgica)

Vitórias: 3
Poles: 1

Pódios: 12

Títulos: Nenhum




O piloto belga, iniciou sua trajetória na F1 em 1983 no Gp de sua terra natal (Bélgica). Na época, Thierry comprou sua vaga na Arrows por aproximadamente 500 mil doláres em patrocínios. No ano seguinte, 1984, ele ofuscou uma 15ª colocação no campeonato, e em 1985, ainda pela Arrows, conseguiu sua primeira glória na F1 ao terminar em 2º lugar, benficiando-se pela desclassificação de Alan Proist. Em 1986, Thierry ofuscou novamente, devido ao fraco desempenho de sua Arrows.


Em 1987 trocou sua equipe pela Benneton, no lugar de Gehrard Berger, que foi para Ferrari. Neste ano o piloto belga fez uma excelente temporada, chegando a alcançar a 3ª colocação do campeonato, após o Gp da Austrália. No final Thierry ficou com a 8ª colocação na classificação geral. Em 1988, talvez o seu melhor ano na categoria, conseguiu ir ao pódio por 5 vezes, e terminou o campeonato na 4ª colocação, chamando assim a atenção de Frank Willians, que o contratou para a Willians ao lado de Ricardo Patrese.


No Canadá veio seu maior triunfo, sua primeira vitória debaixo de muita chuva, e beneficiando-se pelo azar dos outros pilotos que quebraram ou rodaram. Na Austrália, repetiria o feito debaixo de muita chuva, ganhando assim o apelido de "Rain Man". No final da temporada o piloto belga acabou na 5ª colocação. Em 1990 Thierry continuou com uma participação regular, até o Gp da Hungria, no qual conquistou sua 3ª e última vitória, segurando um pelotão de pilotos durante toda prova, entre esses pilotos estava Ayrton Senna, que acabou em 2º lugar.


Thierry terminou a temporada em 6º lugar. Infelizmente, em 1991, o piloto troca a Willians em plena fase de evolução, para se aventurar na Ligier, e acabou cometendo um dos seus maiores erros, afinal não conseguiu nenhum ponto no campeonato.


A decepção continuou em 1992, fazendo com que em 1993 o piloto se aventura-se em uma outra equipe coadjuvante, a Jordan. Frustrado pela falta de bons resultados, Thierry encerra sua carreira na F1 no mesmo Gp de estréia, Spa-Francochamps. Hoje em dia, o piloto mora em Mônaco e se dedica a sua empresa se aviões particulares, a Boutsen Aviation.


Grande Abraço a Todos

segunda-feira, 17 de março de 2008

Que Corrida !!!

Que corrida foi essa? A começar pelo Massa que sequer começou. Quanta infantilidade! Um piloto não pode se deixar dominar pela emoção ou empolgação de tal forma. Parecia que a corrida ia acabar ali e ele precisava daquela posição a qualquer custo. Todos têm preferência pelos pilotos agressivos desde que a agressividade seja empregada da maneira correta e na hora certa. Enquanto isso, Haikkonen, que também cometeu erros, largou em décimo sexto chegou a andar em terceiro. Se você fosse chefe da Ferrari, a quem daria preferência? Massa andou com Schumacher, disputou título com Haikkonen e, após três anos como piloto oficial da equipe age com tamanha imaturidade. Era previsível que o GP iria terminar com poucos pilotos, muitos acidentes e quebras. Assim, Felipe perdeu a oportunidade de estar à frente de seu companheiro e marcar pontos. Se não abrir o olho o Vettel tira o emprego dele no ano que vem!

Que corrida espetacular de Rubinho! Não errou, segurou concorrentes de ponta e chegou a estar na luta pelo pódio com a Honda. Parece sonho. Foi um pecado o erro cometido pela equipe nos boxes. Rubens está de parabéns! Pés e mãos sensíveis e cabeça que falta aos outros! Hamilton despensa comentários. Tem o melhor carro e guiou redondo, sem esforço e sem ser ameaçado por ninguém. Alonso mostrou porque é o mais completo piloto da atualidade. Heidfeld e Rosberg não me surpreenderam e, para falar a verdade parece que estava adivinhando quando escrevi a coluna sobre “O que esperar da F-1 2008?”. Até semana que vem.

Um Abraço

Resultado Final do GP da Austrália

sexta-feira, 14 de março de 2008

O Refinado e o Tosco

Não é raro escutarmos ou participarmos de debates automobilísticos onde se questiona quem seria o melhor piloto de todos os tempos na F-1. Não menos rara é a tendência de se atribuir méritos aos pilotos da F-1 recente em detrimento daqueles que deram início a tudo. Aí pergunto a vocês: qual piloto da atualidade teria coragem de pilotar o Mercedes W-196 de Fangio, sem aerofólios, sem “santo antonio”, sem capacete, com pneus diagonais estreitos, a 230 Km/h em Mônaco? Pois bem. Onde quero chegar com esse assunto? Ontem, vendo o primeiro treino do ano, percebi a dificuldade imensa enfrentada pelos pilotos devido à falta do controle de tração. Foi um festival de saídas de pista por erro na aproximação de curva ou nas retomadas de aceleração. Quanta dificuldade quando se requer sensibilidade! A parafernalia eletrônica que tomou conta da F-1 reduziu drasticamente a diferença entre o tosco e o refinado. Na era turbo um F-1 tinha cerca de 1200 hp, quase o dobro de potência dos carros atuais, montados sobre um chassi rústico para os dias de hoje. Os carros tinham componentes de madeira e as pistas tinham plantações e barrancos ao redor. Com tudo isso, até pouco tempo, o recorde de velocidade pertencia a Ayrton Senna com sua Lotus Renault preta JPS, quase 360 km/h. Não havia controle de tração, fly by wire, suspensão inteligente, centralinas, os câmbios eram manuais e a troca de marchas dependia do acionamento da embreagem com o pé esquerdo. Qualquer erro na troca despejaria 1200 hp no câmbio e aí era uma vez uma caixa de marchas! Três largadas eram suficientes para acabar com a embreagem. Não havia reabastecimento e os pilotos largavam com tanque cheio torcendo pra que o combustível fosse o suficiente para terminar a corrida. Imagine a mudança de comportamento do carro durante a prova, em virtude de tamanha alteração de peso! Os carros eram “jipões” com motor de avião”. Hoje temos um carro com suspensão, chassis e componentes aerodinâmicos superiores ao de qualquer avião montados sob motores que têm míseros 600 hp. E o que vimos foi uma dificuldade terrível pra se manter na pista. Agora entendo porque somente nessa temporada aboliram o controle de tração. Basta imaginar como seria hoje ter Michael Schumacher (como já disse: último herdeiro de uma geração sem precedentes) numa Ferrari ou McLaren. Seria um banho! Ele não é piloto de simulador e não tem simulador no mundo que seja realista o suficiente para descrever o comportamento de um carro volta a volta, sem os apetrechos redutores da diferença entre o piloto tosco e o refinado.A F-1 parece ter dado um passo enorme para deixar de ser um jogo de vídeo game chamado “Carrossel”.
Até mais tarde.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Começa hoje a Temporada 2008


É galera, hoje com os treinos livres, começa mais uma temporada. Previsão do tempo diz que o gp em Melbourne desse final de semana será de tempo ensolarado, menos mal para as equipes e seus pilotos e menos interessante para nós, críticos e público em geral, afinal imagina a primeira corrida depois da abolição do controle de tração, num circuito de rua como o Gp da Austrália, repleto de muros. Pela primeira vez nos últimos 10 anos eu estou super empolgado para conferir os treinos livres, afinal começa hoje a minha avaliação crítica dessa "geração controle manual". Segue abaixo os horários desse final de semana.

Abraço a todos

Quinta - feira: 20h - Treino Livre (SPORTV2)
Sexta - feira: 0h - Treino Livre (SPORTV)

Sábado: 0h - Treino Classificatório (Rede Globo)
Domingo: 0h - 1h30 - Corrida (Rede Globo)

KISS E FORMULA 1 - Combinação perfeita... pelo menos para mim....


Essa foto diz tudo.... KISS e Formula 1, as minhas duas maiores paixões, meus dois maiores vícios, meus dois maiores FANATISMOS, juntos em Melbourne. Vale de tudo para atrair público para o gp mais ameaçado do calendário da formula 1. Não sei de quem partiu a idéia de fazer um show de uma das mais populares bandas de rock, que tem na Austrália, talvez a maior concentração de fãs num país, juntamento com Japão, EUA, Alemanha e Brasil é claro. Nessas horas eu me sinto incomodado em ser brasileiro, afinal aonde que um evento conjunto como esse poderia acontecer em nosso país ? Pena que a TV não vá transmitir o evento todo, mas nada como a internet para disponibilizá-lo horas após o show.

Grande Abraço

quarta-feira, 12 de março de 2008

Novidades de 2008


Confesso que estou ansioso para 2 gps: Europa e Cingapura. Além de ser uma novidade no calendário da F1, os dois são circuitos de rua, ou seja, mais emoção a vista.
Você deve estar se perguntando, "por que emoção ?", se Mônaco por exemplo, que é considerado o mais tradicional circuito de rua, é a etapa mais chata de se acompanhar e só fica interessante quando chove. Vale lembrar que esse ano o famoso "Controle de Tração" que começou lá nas willians dos anos 90 foi proibido nos carros de 2008, então nada melhor do que um circuito novinho, repleto de muros em uma distância de centímetros do carro.
Anote na sua agenda: Austrália, Canadá, Mônaco, Cingapu
ra, Valência (europa) e principalmente Bélgica, nossa que saudade de ver a Eau Rouge sendo desafiada no braço, coisa que eu não me lembro desde de a época do eterno Ayrton Senna.
Vamos aguradar e conferir quais serão os "bons de braço".

Abraço a todos.


O QUE ESPERAR DA F-1 2008 ?

Marco Antonio. Desde 1984 acompanhando a F-1. Mais uma temporada de F-1 se inicia no próximo fim de semana e ansiosamente debatemos sobre o que podemos esperar da F-1 em 2008?
Antes cabe uma reflexão sobre os principais pilotos candidatos ao título baseado na temporada de 2007:

Massa: Muito rápido em apenas uma volta lançada, foi o piloto que mais largou na pole. Nesse quesito ele é melhor que Raikkonen. Também é mais aguerrido, sempre partindo pro ataque e não se conformando com posições intermediárias. Faltou a ele o domínio completo das corridas. Domínio do início, meio e fim. Imaginar, nos mínimos detalhes, todas as possibilidades possíveis diante de uma forma ou outra de guiar. Planejamento cerebral, ou quem sabe, faltou Ross Brown.

Existem pilotos muito habilidosos, outros calculistas, uns mais frios, outros destemperados. Entretanto, a característica que diferencia os pilotos bons dos extra-séries é a capacidade mental. A força da mente. Quem tem mente forte resiste, persiste, não erra e vence. Quem não tem, dá sopa pro azar.

Haikkonen: Frio (óbvio), constante e “sem sal”. Faz o dele e deixa acontecer. Parece dar pouca importância para tudo mas é rápido e erra pouco. Com um carro bom vai sempre chegar lá. Ganhou o título com a ajuda de Felipe mas parece que a Ferrari e o público do automobilismo já têm uma tendência a dar a Haikkonen o status de primeiro piloto. O início da temporada será vital. Se Kimi colocar frente nas quatro primeiras provas, já era.

Alonso: É o mais completo piloto da atualidade. Sabe acertar o carro, é rápido, constante e tem mente forte. Só peca por reclamar muito de coisas pequenas. Aquela reclamação que culminou com uma discussão com o Massa é coisa de... bebê chorão. Imagine se por causa de uma disputa com um leve toque como o que houve os pilotos da década de oitenta fossem dar “piti”. A FIA seria uma comissão de reclamações. Um piloto que ousasse tomar tal atitude, no mínimo seria chamado de metro sexual.

Apesar de tudo, ele não amarelaria como Hamilton.

Hamilton: Foi bem doutrinado, bem encaminhado, bem preparado e entrou na F-1 pela porta da frente guiando um carro de ponta. Tal fato jamais ocorreria na década de oitenta. As equipes grandes eram tomadas por pilotos de experiência e campeões mundiais. Para ter um lugar ao sol tinha que ser muito bom, extra série. Pilotos como Capelli, Naninni, entre outros, eram excelentes e não saíram de equipes intermediárias. Pois bem. Hamilton teve tudo do melhor e, na hora da verdade, se perdeu. O que foi aquele momento dele com seu pai, na pista de Interlagos, antes da largada? Ambos estavam se sentindo pressionados. Era visível! Faltou ao Ron Dennis chegar pra ele e dizer: “Oh! Você freqüentou o pódio em 90% das corridas deste ano. Você só precisa chegar em quinto. Esqueça o Kimi e o Alonso! Corra pra você!” Mas não. O garoto largou e, com o ego exacerbado, não podia permitir que Alonso o passasse. Aí pensou que o Alonso era algum motorista de trator, sem qualquer menosprezo pela classe, e cometeu a ousadia de tentar passá-lo por fora no fim da reta oposta de Interlagos. Nem minha avó faria isso! Que ele é bom não se discute. Mas compará-lo a Senna e Schumacher é desrespeito a estes.

Heidfeld: O “pentelho encravado” da Ferrari e da McLaren. Se der mole ele está ali. Pronto pra te pegar. É a “Cuca” do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Excelente. Rápido e determinado. Se bobearem ele pega uma vaga nas grandes equipes no ano que vem.

Nico: O filho do grande “Leôncio” guia bem. Merece respeito.

O restante agente espera pra ver.

Assim sendo, em 2008 espera-se que Felipe consiga ser constante e equilibre o duelo com o Haikkonen, que certamente está mais entrosado com a equipe e o carro.
Hamilton será o piloto a ser batido. Mas acredito numa melhor evolução da Ferrari durante o ano devido à maior experiência do time.
Alonso vai correr por fora junto com Heidfeld.
A Williams de Nico fortalecerá o time acima e estará logo atrás das Ferraris e McLarens.
Nelsinho tem que ganhar experiência e aprender com Alonso. Mas tem que revelar o filme! Mostrar a que veio para que saia da sombra de Alonso o quanto antes e caminhe com as próprias pernas.
Rubens é a maior vítima do fim da era dos campeões. Emerson, Piquet e Senna. O Brasil do futebol e do samba engordou a torcida do automobilismo, anestesiado pelos milagres de Domingo. A era acabou em 01 de maio de 1994. Rubens foi pra Ferrari com Schumacher, o último herdeiro de uma geração sem precedentes, e sepultou sua carreira. Agora correrá atrás daquele que será seu único recorde: O de GPs disputados.
Vettel e Bourdeux deverão ser as revelações.

Até o fim de semana em Melbourne.

Um abraço.


Temporada 2008


A partir de hoje você acompanha tudo relacionado a temporada 2008 de Formula 1, aqui no blogger F1 Brasil - 2008.
Obrigado pela sua visita.