Google
BuscaPé, líder em comparação de preços na América Latina

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O Outro Lado da Moeda

Alguém duvida de que a F-1 é um dos esportes, senão, aquele que mais movimenta dinheiro em todo o mundo? Alguém duvida da quantidade gigantesca de investidores que há na F-1? Quanto significa um patrocínio para uma equipe? Se no futebol houve um intenso rumor de que Ronaldo “fenômeno” teria sido escalado na final da Copa de 1998 por imposição dos patrocinadores, o que dizer sobre a F-1? Está a mesma livre dessas pressões? Óbvio que não!

Analisando a temporada de 2008, verifica-se, facilmente, que Massa é constantemente mais rápido que Raikkonen. Basta observar o número de poles daquele que é o dobro das conquistadas por este.

Na Bélgica, Massa foi mais rápido que Kimi nos dois dias de treinos. E mais. Fez a sua volta de classificação quase quatro décimos mais rápido que o finlandês e com o carro mais pesado, pois parou para o primeiro pit stop duas voltas depois de seu companheiro de equipe.

Entretanto, após a largada, o que se viu foi Kimi Raikkonen abrir, em média, de três a quatro décimos de segundo por volta. Não venham com essa história de que “treino é treino e corrida é corrida”. Melhorar o desempenho em sete ou oito décimos da noite para o dia é algo para se desconfiar.

E aí cheguei ao ponto que queria. Kimi é o atual campeão do mundo e sempre carregou consigo uma maior quantidade de patrocinadores (leia-se: investidores) do que Felipe Massa. É natural que um negócio estável atraia mais investimento do que outro, até então, instável. Kimi era uma realidade enquanto Massa era uma incógnita.

Porém, a situação se inverteu neste ano. Raikkonen vem sendo duramente criticado por suas atuações pífias em contraposição à ascensão de Felipe Massa. Ninguém gosta de investir e não obter retorno. Baseado nisso, acredito que houve, em SPA, uma tentativa de recolocar Kimi Raikkonen na disputa direta pelo título e acabar com a pressão da imprensa pelo apoio integral a Massa na disputa do campeonato. Com isso, cessariam as pressões por parte dos patrocinadores, cobrando uma atitude da Ferrari em relação a Raikkonen sob pena de cortes de investimentos para o ano que vem. E quem acompanha a F-1 sabe que já se viu coisas muito piores acontecerem e por motivos menos “importantes”.

Como explicar o semblante de Massa no pódio? Como explicar a impotência do brasileiro diante da outra Ferrari? O que se viu durante a prova foi um carro Ferrari diferente daquele de sábado em algum aspecto que não sei explicar, mas posso supor. Massa não teve a mínima condição de concorrer com seus adversários em igualdade.

Ocorre que, se eu estiver certo, o “tiro saiu pela culatra”. O “homem de gelo” derreteu e deixou o seu ego superar a razão. Forçou demais numa disputa com o talentoso Lewis e seu McLaren que, como todos sabem, se comporta melhor que os Ferrari na chuva, deixando escapar dez preciosos pontos. Agora está 19 pontos atrás do líder e há 17 pontos de seu companheiro.

Ainda assim, o presidente da Ferrari continua afirmando que a equipe não definirá quem é o número um, mesmo diante da enorme diferença de pontos entre seus pilotos. Por que será?

Está mais do que na hora da Ferrari apostar todas as fichas em Felipe Massa, mesmo que siga na contramão dos patrocinadores/investidores ou quem quer que seja. Se o interesse maior a prevalecer for financeiro, a Ferrari perderá o título para a McLaren.

Quanto à punição de Hamilton, vê-se que o inglês foi um pouco afobado, causando, nos fiscais de prova, a impressão de ter se beneficiado com a sua manobra. Porém, a verdade é que Hamilton passaria Raikkonen mais cedo ou mais tarde. Hamilton usou de surpresa e Kimi, “inocente”, não esperava tal atitude embora todos nós esperássemos isso do “aguerrido” piloto inglês.

Resta-nos aguardar pelo GP da Itália, em Monza, para obtermos as respostas para as nossas dúvidas.

Um abraço.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

No próximo fim de semana acontecerá o Grande Prêmio que, pra mim e para a grande maioria, é o mais esperado do ano. É disparada a melhor pista do mundo. Lá tem ultrapassagem! Já apareceu um elemento cujo nome não sei informar dizendo que a pista de SPA tem que ser reduzida. Que ele vá pra... brincar de carrossel na casa ... dele! Espero que não seja aquele “incrível” arquiteto/engenheiro que tem projetado as espetaculares e modernas “pistas de fila indiana”.

SPA é um templo do automobilismo onde Senna, Schumacher e outros grandes fizeram belíssimas corridas e a história da F-1. Se Mônaco só atraía a Michael e Ayrton, SPA é unanimidade. A Eau Rouge é a curva mais desafiadora de todos os circuitos. Enfim, com probabilidade de chuva, o que se espera, como sempre, é um grande fim de semana.

Será a oportunidade de Massa confirmar sua grande fase e aproximar-se de Hamilton na tabela. Vencer em SPA e depois em Monza é quase tão bom quanto ganhar o título. É melhor do que ganhar um título “muquirana” como o do Raikonen em 2007.
Que Felipe Massa com seu capacete amarelo vença e nos faça lembrar aquele outro brasileiro de capacete amarelo que venceu em SPA.

Quem quiser fazer um retrospecto dos vencedores do GP da Bélgica verá que a maioria esmagadora de seus vencedores foram campeões do mundo.