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terça-feira, 29 de abril de 2008

Considerações

MAX MOSLEY

Essa história sobre o flagrante dado no “fetichista nazista” já está passando dos limites. Está certo que Max é dirigente da FIA e tal conduta não é compatível com o cargo. Entretanto, o que se vê é uma exploração exagerada do assunto que, do meu ponto de vista, visa apenas a desestabilizar Mosley. Ninguém está a fim de participar de palestras sobre moralidade e compostura. O que realmente querem é a cadeira de Max Mosley. Se é assim, que façam de outra forma.
O escândalo da espionagem foi pior. Mas será que nunca houve espionagem na Fórmula 1?
E aí pergunto aos amigos do blog: será que os mesmos que estão execrando Mosley nunca participaram de “encontros ou reuniões” como aquela?
É muita hipocrisia.
Nelson Piquet mais uma vez está de parabéns e corroboro de sua opinião.


FÓRMULA INDY

Estão divulgando muito sobre a vitória de Danica Patrick na Indy. Mais uma vez concordo com Piquet. Não dá pra ter a Indy como parâmetro.
Dos pilotos campeões que de lá saíram para a F-1, somente Villeneuve foi campeão e, ainda assim, porque guiava um carro infinitamente superior. Desafio os amigos a responderem quantas ultrapassagens Jacques fez naquele campeonato. Não vale os retardatários.
O restante foi lamentável. Montoya foi o que melhor se saiu.
Aquilo lá é brincadeirinha de vácuo!
Os campeões que foram da F-1 pra lá obtiveram títulos na Indy e depois desaprenderam a pilotar.
Os pilotos da Indy só faltam beber Budweiser e comer churrasquinho antes da corrida!
Parabéns pra ela! Boa piloto, excelente forma, bonita e só.
Mais do que isso só o marido dela pode dizer!


MASSA

Está vendo a diferença que fez a afobação de Massa. Se tivesse feito os quatro pontos do quinto lugar, no mínimo, que teria conseguido em Melbourne e os oito pontos do segundo lugar na prova seguinte, ele estaria em primeiro, com 30 pontos. Líder do campeonato.
Cuca fresca Felipe!


HAMILTON

A falta do que fazer já está levando alguns a questionarem Hamilton. Entretanto, posso dizer que previ tudo o que está acontecendo. Bastar verificarem as postagens que fiz anteriores ao início do campeonato.
A McLaren começou bem mas está sofrendo com a falta de um piloto experiente que possa desenvolver o carro.
Cadê o Alonso? Está desenvolvendo o Renault.
A dupla é jovem e talentosa. Mas na F-1 não basta ter o pé pesado.
O ano vai ser duro para a McLaren que agora tem os BMW no encalço.
Quantos aos Ferrari, também havia dito que se desenvolveriam mais à cada corrida devido ao seu time ser mais experiente.
Estão achando que tenho bola de cristal?
Não. Tenho 24 anos de Fórmula 1.

Um forte abraço a todos e obrigado pelas visitas e colaborações.


EM TEMPO:

Sinceramente não estou com paciência pra tirar água de pedra e encontrar algo interessante para falar sobre o monótono GP da Espanha.
O campeonato é longo e é importante completar corridas para angariar dados para o desenvolvimento dos carros, assim como pontuar para garantir boa posição no campeonato de construtores e, consequentemente, garantir patrocinadores.
Confesso que me surpreendi com a melhora da Renault e estou apreensivo com relação ao Nelsinho.
De resto, Haikkonen andou mais e Massa fez o que deveria ter feito nas duas primeiras provas.

Abraço.


sexta-feira, 25 de abril de 2008

Corridas Inesquecíveis - Dose Dupla Brasil e Inglaterra 93

Para que eu possa contar a vocês um pouco da história dos GPs do Brasil e da Inglaterra de 1993 é preciso realizar uma digressão histórica e falar um pouco sobre a situação da Fórmula 1 naqueles tempos.
O ano de 1993 começava com o campeão anunciado, o francês Alain Prost, guiando o seu impressionante Williams “de outro planeta”, como dizia Senna. Era desanimador entrar em qualquer curva atrás daquele carro tamanha a diferença de equilíbrio na frenagem e aproximação de curva. Mais desanimador ainda era tentar, em vão, sair da curva no vácuo dos Williams e vê-los “estilingando” na frente como se pertencessem realmente a outro mundo.
Michael Schumacher guiava o Benetton equipado com os motores Ford Zetec que, por determinação contratual, eram cerca de 40 cv mais potentes que os motores Ford fornecidos para a McLaren, equipe de Ayrton. A Benetton contava ainda com as “supostas” e tão faladas artimanhas de Briatore e “Schummy” para driblar o regulamento e obter ganhos de desempenho na pista e nos boxes.
Ayrton Senna, por sua vez, vinha de um ano difícil em que tinha assistido ao passeio de Mansell com o tão sonhado Williams. Prost havia vetado a ida do brasileiro para a equipe de Sir Frank, motivo pelo qual Senna passou a pensar seriamente na hipótese de não correr no ano de 1993.
Após muita insistência e diante da relutância de Senna em entrar em qualquer carro que não fosse o Williams, Ron Dennis conseguiu convencê-lo a testar o McLaren Ford. Ron sabia que não tinha equipamento para disputar o título, mas com Ayrton certamente teria chance de vencer corridas. No fundo, Ron tinha certeza de que, apesar de não ter um bom motor, o carro era bem nascido e equilibrado. Mas nada disso valeria se Ayrton não gostasse do monoposto.
Ayrton então iniciou o teste enquanto Ron Dennis aguardava ansioso o seu parecer. Senna retornou aos boxes após uma excelente performance no teste, retirou o capacete e a balaclava e aí foi o bastante. Ayrton nada falou e não esboçou sorriso para não dar o braço a torcer. Mas conhecendo Ayrton Senna como conhecia, Dennis, ao ver o semblante do piloto brasileiro, teve a certeza de que havia conseguido o seu intento.
Faltava a segunda parte: o contrato.
_ US$ 16.000.000!!!
Ron não acreditou na exigência de Ayrton.
_ Você quer que eu lhe pague US$ 1.000.000 por corrida?
E foi assim que Ayrton competiu em 1993, com um contrato sendo fechado a cada corrida como se fosse uma espécie de, no bom sentido, “matador de aluguel”, “sniper” ou algo semelhante. “No money. No race.”
Caros amigos, vocês podem ter a certeza de que essa foi, na minha humilde opinião, a melhor temporada de Ayrton Senna na F-1.
O companheiro de Senna foi, durante as sete primeiras provas, o incompetente campeão da fórmula indy Michael Andretti, substituído depois pelo competente, promissor e jovem piloto finlandês, o futuro bi-campeão (98/99) Mika Hakkinen.
Cabe um pequeno adendo pra falar a respeito de uma passagem ocorrida após a substituição de Andretti por Hakkinen.
Em sua primeira corrida na temporada, salvo engano na França, Hakkinen conseguira ser mais rápido que Senna, conquistando uma posição à sua frente no grid. Foi mais do que suficiente para um batalhão de repórteres invadirem o paddock em busca de uma palavra daquele jovem que conseguira ser mais rápido que o “rei da pole”.
Queridos amigos do blog. Não posso deixar de consignar, neste momento, as considerações de Gerhard Berger sobre o ocorrido.
Berger era amigo de Senna e havia sido seu companheiro na McLaren. Sempre foi um piloto muito rápido mas sentiu, por diversas vezes, o que era lutar contra um piloto da estirpe de Ayrton. Em seu livro, Berger ressalta que Senna era único, “extraordinário”. Porém afirma que conseguia ser tão rápido quanto ele. O problema é que, segundo ele, físico e mentalmente, Senna era dois a três níveis acima dos demais pilotos. E Berger jamais havia visto alguém com tamanho compromisso com a vitória. O austríaco sabia que superar Ayrton, ainda que uma única vez, era o mesmo que assinar uma sentença de morte.
Berger relata que, num diálogo com o francês Jean Alesi, este disse que iria superar, derrotar Ayrton Senna. Berger respondeu da seguinte forma: “Esquece! Você não vai conseguir! Um dia pensei o mesmo que você. Mas não dá!”
O austríaco sabia o quê e o quanto incomodava Ayrton ser superado por seu companheiro.
Então, após a “proeza” do finlandês, Berger passou pelo novo pop star Mika Hakkinen no paddock e tirou um pequeno momento para falar-lhe o seguinte:
- Parabéns, Mika! O aluno andando mais rápido que o professor!
Com humildade, Mika agradeceu e deu um sorriso.
Berger então emendou:
- Aproveita que esta é a última vez que você conseguirá andar na frente dele.
E nunca mais Mika Hakkinen superou Senna.
Feitas as considerações iniciais, passo a contar a história das corridas inesquecíveis.
O Ayrton Senna de 1993 era outro, mais leve, mais sorridente, de certa forma descompromissado pois não tinha a obrigação de vencer. Seu carro era o quinto na F-1. À sua frente estavam os dois Williams e os dois Benetton. E mais, num dos Williams o tetra campeão Alain Prost. Num dos Benetton o futuro heptacampeão Michael Schumacher. Pra completar, Senna estava em lua-de-mel com a nova namorada, Adriane. Enfim, um estado de espírito como pouquíssimas vezes se viu. O nível máximo de amadurecimento pessoal, sentimental e profissional.
Mesmo sem ter um carro a altura, o inabalável Ayrton conseguiu três primeiros lugares e dois segundos lugares nas seis primeiras provas. Seria inacreditável se não tivesse assistido à tudo.
Em Donington Park, na Inglaterra, Senna fez aquela que receberia o título de “volta de placa”, a primeira volta mais fantástica da história da fórmula um.
Chovia muito e Senna largou em quarto, atrás dos Williams de Prost e Hill e de Karl Wendlinger. Atrás dele estava Michael Schumacher com seu Benetton “batizado”. Pintando a luz verde, o alemão partiu para cima de Senna e buscou a trajetória externa da primeira curva. Ayrton então mergulhou pelo lado de dentro da curva numa manobra ousada, da esquerda para a direita, recuperando sua posição. Duas curvas depois Senna deu início a uma ultrapassagem antológica. Ultrapassou Wendlinger por fora numa curva à esquerda, deixando-o encaixotado atrás de Hill e pegando a preferência da curva seguinte à direita. Literalmente não havia tempo para respirar. Mais duas curvas e Damon Hill, atônito, assistia Ayrton lhe ultrapassando como se chovesse para todos e menos para ele. Segundo o jornalista Celso Itiberê, os ingleses, inclusive os narradores, não acreditavam naquilo que estava acontecendo. Parecia coisa de filme de ficção. Mas ainda faltava um carro à sua frente. O de Alain Prost. Ayrton então freou o mais dentro possível na curva do grampo, tocou rodas com Prost, dominou o carro que abanava para todos os lados e assumiu a ponta em apenas meia volta. Alguns grandes nomes do circo afirmaram, tempos depois, que se houvessem mais vinte carros à frente de Ayrton Senna, ele passaria por todos, sem dúvida alguma.



A corrida acabou com somente Senna e Damon Hill na mesma volta. Este 1m 24seg atrás do brasileiro. Ayrton quase deu uma volta em todos. Teve piloto que terminou a prova seis voltas atrás.



Será que Ayrton ainda tinha mais alguma coisa a mostrar na F-1? Muita gente se fazia essa pergunta. Foi quando chegou, quinze dias depois, o GP Brasil.
Novamente os Williams na frente e na mesma ordem, com Prost fazendo um tempo 1 segundo e 8 décimos mais rápido que o de Ayrton. Senna, dessa vez, conseguira a terceira posição no grid, de novo à frente de Schumacher (dois décimos). Andretti e Patrese vinham logo à seguir com tempos um segundo mais lentos que o de Senna.
A superioridade dos Williams era massacrante e em condições normais seria impossível superá-los. Eu disse em condições normais mas, sob chuva...
Pois é, a previsão do tempo anunciava chuva durante a prova. E aí amigos... vocês já sabem.
Prost pulou na frente e Senna passou Hill no “esse” que leva seu nome. Schumacher veio logo atrás, em quarto. Andretti bateu em Berger na largada em um grande acidente. Pouco tempo depois Damon Hill, que trazia consigo Schumacher, passou Ayrton na reta dos boxes enquanto Prost passeava lá na frente. Mas aí começou a chover e a história mudou.
Prost perdeu o controle do carro do “esse” do Senna e bateu no carro de Christian Fittipaldi. Após a troca de pneus, Senna se distanciou de Schumacher e aproximou-se de Hill. Aliás, aproximou-se não, passou “de passagem”. Na subida do lago Senna deu um “drible” no inglês, fez uma “catimba”, jogou o carro para a esquerda e passou Hill pela direita. E aí, com disse o próprio Ayrton imitando o personagem do “Seu boneco” da Escolinha do Professor Raimundo: “fui pra galera!!!”
E foi mesmo. Venceu a corrida com dezesseis segundos sobre Hill e quarenta e cinco segundos sobre Michael Schumacher.
Ao passar pela reta oposta, teve que parar o carro pois “a galera” invadiu a pista e o carregou nos braços. Foi a consagração.
No pódio, atentem para o primeiro detalhe, Juan Manuel Fangio, pentacampeão mundial de F-1, entregou o troféu para Senna que, com muita emoção, desceu e deu um fraterno abraço e um beijo em Fangio, demonstrando todo o respeito e admiração pelo piloto.
Segundo detalhe. Levando-se em conta os sete títulos que Schumacher viria a conquistar e, porque não o título de Hill, somados aos de Senna e Fangio dá um total de dezesseis títulos mundiais de F-1 em apenas uma foto. O passado (Fangio), o presente (Senna) e o futuro (Schumacher), as três maiores lendas de todos os tempos no automobilismo reunidas pela primeira e última vez em uma foto.





Senna terminou o campeonato, incrivelmente como vice-campeão, superando Hill e Schumacher. Deu um show em Silverstone ao segurar Prost e Schumacher por dezenove voltas com audácia, talento e muita coragem. Para alguns um risco exagerado e sem propósito. Mas para quem ama a F-1, "momentos de automobilismo em estado de graça".



1993
Posição no campeonato 2º - 73 pontos
África do Sul 2º
Brasil 1º
Europa 1º
San Marino –
Espanha 2º
Monaco 1º
Canadá 18º
França 4º
Inglaterra 5º
Alemanha 4º
Hungria –
Bélgica 4º
Itália –
Portugal –
Japão 1º
Austrália 1º

Espero que tenham gostado. Um grande abraço a todos os amigos do blog e até a próxima.

OBS: o Gp do Brasil foi ANTES do Gp da Europa. Obrigado pela lembrança, amigo Rafael. Peço-lhe desculpas porque quando escrevo, faço com base em minhas memórias e, como ser humano, posso errar. Acompanho a F-1 desde 1984 e nem sempre guardo a ordem cronológica dos fatos.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Só Alonso tem expectativa por uma vitória ?

Depois de 2 semanas, o circo da F1 está de volta, e inicia sua temporada européia de 2008. Esse ano não vamos ter a visita de sua santidade o Papa Bento, então o Gp da Espanha será transmitido na integra pela Rede Globo.
Lembro-me que ano passado foi uma tremenda revolta entre nós, fanáticos pela velocidade. Nada contra o Papa, aliás, sou católico, mas mesmo assim fiquei um tanto revoltado em interromper a transmissão da corrida para tal evento religioso. Não é todo dia que recebemos a visita de sua santidade no nosso país, mas nem sequer o canal de esportes, Sportv, que transmite os treinos, pode transmitir a corrida, que por sinal foi vencida por Felipe Massa.
Desabafos a parte, quero ressaltar uma notícia um tanto curiosa, "Alonso na expectativa de uma vitória!". Todo piloto, eu disse TODO piloto tem a sua expectativa por uma vitória, desde quando ele começa no kart, até alcançar o seu objetivo, que é disputar uma temporada de F1. E para aqueles que hoje se encontram na presente temporada, todos tem um motivo para essa expectativa. Vou listar alguns:
F. Massa - Depois do feito no gp da Turquia, vive a expectativa de uma vitória no Gp da Espanha, para entrar de uma vez por todas na briga pelo título.
K. Raikkonen - Vive a expectativa de uma vitória, para continuar na liderança do campeonato, e principalmente, para aumentar a sua vantagem sobre Massa, seu companheiro de equipe.
L. Hamilton - Espera alcançar a sua vitória, para abafar um pouco a pressão que começa a pairar sobre o piloto, afinal seu companheiro de equipe vem apresentando melhores resultados.
H. Kovalainen - Depois de excelentes resultados, vive a expectativa de uma vitória, para consagrar de uma vez por todas seu talento, e ficar mais perto de Hamilton na classificação do campeonato.
N. Heidfeld - Deseja conquistar sua primeira vitória, para consagrar de vez a boa temporada da sua equipe, a BMW, e dependendo da posição de Raikkonen, uma vitória poderia lhe render a liderança do campeonato.

Enfim, todos os pilotos tem um motivo para criar uma expectativa para a vitória, e quem ganha com isso somos nós, amantes da velocidade, afinal isso só contribui para um campeonato mais disputado, e cada vez mais acirrado, uma pena que todos não possam ter carros em condições iguais.

Segue abaixo os horários do gp da Espanha desse final de semana.

Sexta - feira: 05h - Treino Livre (SPORTV)
Sexta - feira: 09h - Treino Livre (SPORTV)
Sábado: 9h - Treino Classificatório (Rede Globo)
Domingo: 9h - Corrida (Rede Globo)

Grande Abraço a Todos.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Cade a chuva ???

Em primeiro lugar eu quero agradecer a todos que acompanham o blog, a cada dia recebemos mais e mais acessos, prometo que faremos o possível para uma nova postagem a cada.
Estou acompanhando como sempre as noticias sobre a formula 1, e principalmente sobre a bateria de teste em Barcelona. Quando chove, Rubinho (Honda) é o mais rápido, pista seca, as estrelas da Ferrari, Mclaren e BMW e quando chove novamente, Mark Webber (RBR) fica na frente. Isso só faz aumentar ainda mais a minha ansiedade por uma corrida com chuva.
Quando trata-se da segurança dos pilotos, é claro que a chuva sempre causa uma certa preocupação, basta lembrar do reboque que quase foi atropelado no gp da Europa de 2007. Mas aquela também não foi uma chuva comum, foi um dilúvio, que entre outras surpresas, colocou durante boa parte da corrida, Sebastain Vettel (STR) entre os primeiros colocados.
Não estou questionando capacidade dos pilotos, pois acho eu, que aqueles que hoje estão nas equipes de ponta, fizeram por merecer, aliás, como no futebol, não é por uma ou duas corridas que podemos definir que é bom e não é, e as vezes não necessariamente um título, como tantos exemplos que passam pela nossa coluna "Você Se Lembra ?".
A única razão que eu desejo uma corrida debaixo de muita chuva, é pelo fato de deixar quase todos os pilotos em igualdade, pois não adianta ter um motor bom na reta, se na hora de frear na curva, falta capacidade para contornar no braço.
Peço a vocês leitores no nosso blog, que entrem em contato com algum pajé ou que junto possamos orar para São Pedro, e que ele colabore um pouco mais para aquele que seria o "espetáculo nas águas".

Grande Abraço a Todos.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Você Se Lembra ???... Olivier Panis

Galera, mudei o nome da coluna POR ONDE ANDA ?, para VOCÊ SE LEMBRA ??







Nome: Olivier Panis
Idade: 42 anos
Estréia na F1: 1994 (Gp do Brasil)
Saída da F1: 2005
Vitórias: 1
Poles: 0
Pódios: 4
Títulos: Nenhum




A relação de Panis com a França, lembra um pouco a nossa relação com Rubinho. Quando fez sua estréia na formula 1, a França vivia um momento triste na categoria, pois o maior piloto Francês, Alain Prost, acabava de se aposentar das pistas. Panis não era nenhuma promessa estilo Hamilton ou Button (esse por sua vez, nunca vingou realmente), mas era o piloto francês do momento, daí toda uma pressão que duraria longos anos.
O Brasil vivia um momento parecido, perdemos nosso maior ídolo no esporte de uma maneira bem trágica, e começamos a pressionar o melhor piloto brasileiro no momento, que era Rubens Barrichello. Até hoje eu acredito que Rubinho não pode depositar todo seu potencial, devido a enorme pressão que nós brasileiros fazíamos sobre ele. E a França não era diferente, só que Panis não teve metade das oportunidades que Rubinho teve, como por exemplo guiar uma Ferrari. Bom, passando por esse momento reflexão, vamos contar sobre a carreira do piloto na formula 1.




Olivier começou em 1994 correndo pela Ligier, justamente no Gp do Brasil. Teve uma primeira temporada bem regular, chegando a alcançar um segundo lugar no Gp da Alemanha, vencido por Gerhard Berger. Em 1995 seu melhor ano, terminou a temporada em 8º lugar na classificação geral, e alcançou novamente um segundo lugar no Gp da Austrália. Em 1996, uma temporada meio apagada, mas em compensação, conquistou seu maior triunfo, a sua única vitória, no Gp de Mônaco, defendendo bravamente sua posição, contra o escocês David Coulthard. Esse gp que foi talvez o mais conturbado que já assisti, apenas 4 carros completaram a prova.





Em 1997, a Ligier muda de nome, vira Prost Grand Prix, comandada pelo ídolo francês
Alain Prost. Uma boa temporada, na qual Panis conquistou um segundo lugar (Gp da Espanha e um terceiro lugar (Gp do Brasil). Mas nesse mesmo ano, Panis sofreu um grave acidente no Gp do Canadá, quq acabou acarretando na quebra de suas duas pernas, deixando o piloto fora por 7 corridas.



Em 1998 Oliver amargurou sua pior temporada, terminando sem marcar sequer um ponto. E em 1999 nada melhorou, apenas um sexto lugar e 2 pontos na classificação geral. Devido a péssimos resultados, o piloto troca a equipe para ser piloto de testes da Mclaren.




O ano em que não disputou nenhuma corrida, amadureceu bastante o piloto, e lhe rendeu em 2001 um convite para ser piloto da equipe BAR Honda. Permaneceu na equipe até 2002, quando mudou-se para a Toyota em 2003, sendo companheiro do brasileiro Cristiano da Matta.




Em 2004, Panis encerrou suas participações em corridas, e virou piloto de testes da mesma equipe em 2005. Hoje em dia, o piloto disputa vários rallys pela Europa.




Depois de uma década entre altos e baixos na formula 1, uma pergunta fica no ar: Será que se Panis tivesse tantas oportunidades como Rubinho, ele talvez teria um destaque maior ? Ele traria mais decepção ainda aos franceses ? Ou não há como questionar a capacidade de Rubens Barrichello e Olivier Panis, pois de o francês fosse realmente bom e promissor, ele teria tantas oportunidades como nosso piloto brasileiro.


terça-feira, 15 de abril de 2008

Corridas Inesquecíveis - Gp austrália 1986 - Desesseis....


Muito se falou sobre a decisão do campeonato de 2007, entre Kimi, Alonso e Hamilton e assim tornou-se impossível não lembrar de situação semelhante ocorrida há 22 anos na Austrália. Eu disse semelhante. Jamais igual...
Naquela época o circo era mais suntuoso, exuberante, com mais brilho. Poderia passar horas relatando aqui as diferenças entre a F-1 daquela época e a dos dias atuais. Mesmo assim, cabe a mim, como admirador do esporte, passar àqueles jovens que hoje contemplam o automobilismo um pouco do que senti, como torcedor, no tão falado GP da Austrália de 1986.
A começar pelos pilotos que disputavam aquele campeonato que eram verdadeiras celebridades com personalidades exacerbadas as mais diversas. Era impossível imaginar um chefe de equipe ordenando a cessão de uma posição a pilotos como Piquet, Mansell, Prost, Senna, Rosberg, entre outros. Jamais se arriscariam pois sabiam que lidavam com grandes talentos que jamais admitiriam tal submissão. Como disse Berger: “Fórmula 1 era coisa pra macho”.
As rodas se tocavam nas retas, os assoalhos raspavam o chão levantando faíscas pois o efeito solo era permitido, os motores turbo comprimidos despejavam 1200 cavalos sobre uma transmissão manual com embreagem acionada por pedal, enfim, como Gerard disse, coisa pra macho. Sinceramente, jamais vi, naquela época, aquelas letrinhas amarelas na parte inferior da tela dizendo que o carro 1, 2, 5, 6 ou 12 estavam sob investigação. Ah! Ah! Ah!
Então, no dia 26 de outubro de 1986 o campeonato chegava à sua última etapa com três pilotos na disputa pelo título: Piquet, Mansell e Prost. A temporada havia sido muito competitiva, principalmente entre as equipes Williams e McLaren, que tinham os melhores carros. Senna e sua Lotus preta e dourada eram os únicos “intrusos” naquela linha de fogo que contava ainda com Keke Rosberg. Ayrton esteve na disputa até a penúltima prova e largou na terceira posição, se colocando entre as Williams e as McLarens.
Mansell fez a pole seguido por Piquet, Senna e Prost. Keke Rosberg, companheiro deste, largou em sétimo.
Mansell pulou na frente enquanto Piquet patinou no lado sujo da pista. Ayrton pulou para segundo e Rosberg para quarto, deixando Prost em quinto. Três curvas depois Senna passou Mansell e assumiu a ponta. Piquet veio no vácuo e passou Mansell deixando Rosberg, que tentava passá-lo, encaixotado atrás do inglês. Logo em seguida Rosberg passou Mansell e Piquet passou Senna. Tudo isso apenas na primeira volta da corrida de decisão do campeonato. Oito ultrapassagens entre os seis primeiro que completaram o primeiro giro na seguinte ordem: Piquet, Senna, Rosberg, Mansell, Prost e Berger. Aí pergunto aos amigos: tem comparação? rsss.....
Eu tenho certeza de que poderia parar a narrativa na primeira volta, mas Rosberg passou Ayrton na curva seguinte e depois por Piquet na volta de número quatro. À essa altura Alain já havia ultrapassado Mansell que parecia ter problemas com pneus.
Piquet então rodou e perdeu a terceira posição para Mansell. O sortudo francês assumiu a segunda posição mas fez uma desastrosa parada para troca de pneus. Mais de dezessete segundos.
Assim, o “Leão” Nigel Mansell assumiu a ponta. Entretanto, foi logo ultrapassado por Piquet no fim da reta. Uma ultrapassagem perfeita em que Nelson freou, como diz o outro, “pra lá de Deus me livre”.
Com precisão cirúrgica, o “Professor” Alain fez seguidas voltas rápidas e logo alcançou e passou Mansell. Este, por sua vez, com a nuvem negra que o acompanhava, teve o pneu traseiro esquerdo estourado no fim do retão. Saiu da prova e abandonou a disputa mas sem antes deixar de exibir o talento que lhe era peculiar ao segurar a Williams a 300 km/h naquelas condições.
Com receio de que Piquet sofresse um acidente com problemas iguais aos de Mansell, Frank Williams ordenou que Nelson entrasse nos boxes para mais uma troca. O sortudo e competente Prost então estava lá, no lugar certo e na hora certa para assumir a primeira posição. Piquet tentou recuperar-se mas já era tarde demais para evitar o segundo título do quatro vezes campeão e cinco vezes vice-campeão do mundo Alain Prost.
Momento histórico que presenciei pela tv, naquela madrugada.
E aí amigos? Contaram as ultrapassagens? Só entre os seis primeiros, aqueles seis que cruzaram a linha na primeira volta, foram dezesseis durante toda a corrida.
Em tempo: Johnny Dumfries era companheiro de Senna na Lotus. Era apenas uma cara rico que chegou à equipe com grana para ajudar. Mas vale à pena, só pra sentir um pouco do que era a F-1 daquela época, assistir a imagem da câmera on-board no carro dele em Adelaide, naquele ano, assim como a de Ayrton em Mônaco, também com a Lotus 98T Renault.

Até a próxima meus amigos.
Um grande abraço!





segunda-feira, 7 de abril de 2008

Profecia Concretizada

Aquilo que postei alguns dias antes do Gp do Bahrein se concretizou, juro que não foi aposta, eu não tinha dúvida alguma do resultado. Felipe merece ser chamado de o "Rei do Bahrein", afinal repetiu a corrida impecável do ano passado e calou a todos os que o criticavam durante as ultimas semanas.
Todo mundo sabe que uma notícia polêmica é mais comentada do que uma que se refere a uma boa atuação,
tanto que o "bafafá" que se direcionava a Felipe Massa já toma uma direção diferente, indo ao encontro de Lewis Hamilton, que ultimamente tem ficado atrás do seu companheiro de equipe Kovalainen, esse por sua vez que vem fazendo uma tremenda temporada. Os mesmo jornais que cogitaram até mesmo a saída de Massa da Ferrari, hoje rasgam elogios ao piloto.
Sobre a corrida, não foi um Gp emocionante como o da
Austrália, mas ficou longe de ser uma corrida sem graça. Kimi fez tudo que podia fazer e garantiu a dobradinha da ferrari. Kubica "Bueno" o eterno xodó de Galvão Bueno, vem mostrando a cada corrida não só a boa evolução da BMW, mas a sua competência como piloto, e acredito eu, não vai demorar muito para ser cogitado por outras equipes, só espero que ele não cometa o erro de se mudar justamente agora que a sua equipe vem tornando se uma potência e concorrente direta ao título de construtores.
Outro piloto que gostaria de destacar é Fernando Alonso. É extre
mamente agonizante ver o rendimento da Renault sendo pressionada até mesmo pela HONDA DE RUBENS BARRICHELLO, que só pra constar não passou Alonso. E com Nelsinho Piquet, que a cada corrida descobre um novo problema no seu carro.
Agora uma pequena pausa de 3 semanas até o próximo Gp, justamente na casa de Alonso, e espero que, como no ano passado, Felipe faça um
Gp brilhante e que a mídia pense 2, 3 ou ate mesmo 10 vezes antes de voltar a criticá-lo.

Grande abraço a todos.

Resultado Final do GP do Bahrein

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Hoje na coluna Por Onde Anda, o italiano Riccardo Patrese.








Nome: Riccardo Patrese
Idade: 53 anos

Estréia na F1: 1977 (Gp de Môna
co)
Sa
ída da F1:1993 (Gp do Japão)
Vitórias: 6
Poles: 8

Pódios: 37

Títulos: Nenhum





O piloto italiano Riccardo Patrese, é o atual recordista de gps disputados (256), mas a expectativa é que Rubinho ultrapasse essa marca ainda esse ano. Mas apesar de tantas e tantas corridas disputadas, Patrese na maioria das vezes sempre foi um mero coadjuvante. Nada que questione o seu talento, afinal sempre foi um grande piloto que, embora com apenas 6 vitórias na carreira, tem no seu currículo 37 pódios, 8 poles e 13 voltas mais rápidas.

Começou sua trajetória na extinta Shadow em 1977 no Gp de Mônaco, no qual anos mais tarde conquistaria sua primeira vitória. Na temporada seguinte mudou-se para a outra extinta equipe, a Arrows onde permaneceu até 1981. Depois em 1982, mudou-se para a Brabham, e lá foi parceiro do brasileiro Nelson Piquet. Durante sua passagem pela equipe, Patrese conseguiu sua primeira vitória no Gp de Monâco de 1982 e no ano seguinte conquistou sua segunda vitória no Gp da África do Sul.

Em 1984 Patrese muda-se para a equipe Alfa Romeu, e a partir desse ano, começa seu jejum de 7 anos sem conquistar uma única vitória. Voltou para a Brabham em 1986, mas mesmo assim não conseguia repetir seus bons resultados da sua última passagem pela equipe. Assim em 1988 Patrese torna-se piloto da poderosa Willians, dando um novo rumo a sua carreira.

Em 1990, no gp de San Marino, Patrese volta a vencer depois de um longo período sem subir ao ponto mais alto do pódio. Em 1991 conseguiu mais duas vitórias, no Gp de México e no Gp de Portugal. em 1992, seu melhor ano na categoria, rendeu-lhe o vice-campeonato. E em 1993, Patrese troca a Willians pela Benetton, onde encerra sua carreira no Gp do Japão de 1993.

Depois da F1, Patrese jamais abandonou as pistas. em 1995 fez sua estréia no Campeonato de Turismo Alemão (German SuperTouring Championship with Ford). Em 1997 disputou as 24 horas de Le mans. Em 2005 Patrese estréia na Gp Masters, categoria na qual disputa até hoje.

Lembrar de Riccardo Patrese, é lembrar da inesquecível época de Senna e cia. Como esquecer aquele Gp Brasil debaixo de chuva, no qual Senna venceu Patrese com um carro que só tinha 2 marchas e muito inferior a Willians da época ? Por mais que os números não possam comprovar, Patrese nunca foi um coadjuvante, mas sim um "ator principal" dessa novela da Formula 1 da década de 80 e 90.

Fittipaldi, Mansell e Patrese


quinta-feira, 3 de abril de 2008

A Ressurreição de Felipe Massa ???

Gp do Bahrein de 2007 traz uma boa lembrança para nós brasileiros, a vitória de Felipe Massa, numa corrida impecável.
Pensando assim, conseguimos enxergar uma luz no fim do túnel do nosso querido piloto, mas no entanto não podemos aumentar ainda mais a cobrança. Se pararmos para imaginar uma situação inversa ? Vamos imaginar que Felipe Massa pontuou na Austrália, e venceu a última corrida na Malásia. E Kimi por sua vez, volta a sua fama de azarado, e não consegue ao menos terminar uma prova. Caso a situação fosse essa, estaríamos rindo da desgraça alheia. Colocando inúmeros apelidos, fazendo diversas brincadeiras com o Ice Man, e Felipe seria o idolatrado, imagino até as manchetes do tipo, Felipe rumo ao títul
o, Felipe a "ressurreição" de Senna, entre outras frases bem escandalosas com a cara da imprensa brasileira.
Agora pergunto, por que não colocar essa confiança em Felipe ? Se apenas 2 de quase 20 Gps, ou seja, pouco mais de 10% do campeonato foi disputado e já falam em troca na Ferrari ? Eu acredito e muito em Massa desde quando começou na extinta Sawber, e acredito que quando estivermos com 70% do campeonato muita coisas que eu vejo na mídia, vai repercutir de uma maneira muito diferente.

Final de semana a previsão do tempo para o Gp do Bahrein é de sol e muitos ventos (nossa, grande novidade essa, sendo que a corrida é praticamente no deserto), portanto uma corrida que vai começar uma reviravolta na temporada 2008, assim espero.

Segue abaixo os horários do gp do bahrein desse final de semana.

Sexta - feira: 04h - Treino Livre (SPORTV)
Sexta - feira: 08h - Treino Livre (SPORTV)

Sábado: 8h - Treino Classificatório (Rede Globo)

Domingo: 8h30 - Corrida (Rede Globo)


Grande abraço a todos.