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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Massa Tem Sido Perfeito !

Felipe Massa tem sido perfeito e merece, a partir de agora, atenção específica da Ferrari. Não há qualquer precipitação de minha parte em tal assertiva, apesar dos três candidatos ao título estarem próximos na pontuação e de faltar ainda seis provas para o fim do campeonato.
O que me leva a acreditar nisto tem origem nas atuações de Kimi Raikkonen. O finlandês parece ter desaprendido a pilotar. Dá a impressão de estar desconcentrado, desatento e desmotivado. Se isso tivesse ocorrido em uma ou duas corridas, mas não, vem ocorrendo há algum tempo. Tal fato coincidiu com a ascensão de Felipe Massa que tem se classificado com meio segundo a sua frente.
Massa está maduro, é mais aguerrido e mais rápido que Kimi. Se não fossem as quebras e demais problemas oriundos do gerenciamento da equipe, Massa estaria disparado na tabela.
Assim, o resultado foi excelente e o GP, de um modo geral, razoável. Achei que ocorreriam mais ultrapassagens, mas não foi o caso.
Em Spa, na Bélgica, e em Monza, logo a seguir, a tendência é o favoritismo da Ferrari. Mais duas vitórias para Felipe Massa seriam resultados espetaculares, principalmente na Itália. Três seguidas. É um sonho bem possível de ser realizado. Podem acreditar.
Até o dia sete de setembro, dia da independência do Brasil!!!

Um abraço

sábado, 23 de agosto de 2008

A pole position de Felipe Massa foi fundamental em diversos sentidos: para a corrida; para a Ferrari; e para o campeonato. Num circuito que, até então, era uma incógnita, Felipe Massa foi o melhor. Mostrou a todos que está muito forte na disputa pelo título e, principalmente, mostrou seu talento para adaptar-se a uma nova pista.
Por ser um circuito novo, há a possibilidade de choque em decorrência da disputa de posições entre os pilotos que vão no “bolo”. É muito provável que haja um “safety car” durante a prova devido a acidentes. Assim, é importantíssimo largar na frente.
Outro fato que há que se ressaltar é o de que Felipe Massa “engoliu” seu companheiro de equipe e deixou pra trás as McLarens. Com isso, é certo que a Ferrari comece a tender para o lado do brasileiro no sentido de apoiá-lo rumo ao título. Bastará para Felipe fazer uma grande prova e vencer amanhã.
Em relação à atuação dos pilotos, é preciso dizer que há uma importância gigantesca nessa demonstração de força dada por Felipe Massa. Essa adaptação à pista me faz lembrar a superioridade que Senna, Prost, Lauda, Piquet, Mansell e, por último, Schumacher, impunham a seus adversários nas situações de adversidade. Faz com que as pessoas o respeitem e o temam.
Que a sorte acompanhe Felipe Massa e a nós todos, pois a narração da corrida será de Kléber Machado.
Até amanhã.

Um abraço

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Relembrando: Entrevista com Frank Williams


Para falar de Ayrton Senna eu sou muito suspeito. Cresci assistindo, do início ao fim, à sua carreira na Fórmula Um. Estive presente ao GP Brasil de 1986 a 1990. Sempre foi uma referência para mim. Quantos eram os grandes pilotos daquela época? Piquet, Prost, Mansell, Rosberg, Lauda, entre outros. Mas poucos poderiam falar de Ayrton com tanta propriedade quanto aquele que deu a ele a primeira oportunidade na F-1. Sir Frank Williams.

ENTREVISTA COM FRANK WILLIAMS

Frank Williams
16/2/2005

Entrevista ao site da BMW-Williams em abril de 2004

Pergunta: Você deu a Ayrton o primeiro contato com um carro de F-1, em 1983. O que fez com que você o oferecesse aquilo? Quando foi que ele chamou a sua atenção?

Frank Williams: É difícil para alguém na F-1 acompanhar todos os campeonatos de base na Inglaterra, sem falar no continente todo. Portanto, você tende a olhar quem está se saindo sucessivamente bem nos resultados. A lista de Ayrton era impressionante. Encontrei com ele em uma corrida de F-3 e conversamos um pouco. O que impressionava era o fato de ele ser tão determinado a chegar lá. Ele era inteligente, falava um bom inglês, entendia o carro e queria compreender cada vez mais. O caso fez com que eu e Patrick déssemos a ele uma oportunidade de experimentar o carro. Naquela época, meados de 83, hesitamos porque já havíamos assinado com pilotos para 84. Não podíamos testá-lo ou dar uma vaga a ele. No fim, no entanto, a persistência dele compensou e ele demonstrou em apenas 22 voltas em Donington, seu primeiro contato com um carro de GP, quem era. Foi uma performance marcante.

Você pode indicar exatamente no que a performance dele foi tão impressionante?

Frank Williams: Nosso piloto de testes era Jonathan Palmer, que era reconhecidamente muito veloz. Ele esteve em Donington na mesma época e fez um tempo que Ayrton conseguiu igualar em 11 voltas, acho, e melhorar em 1s em 22 voltas. Ele veio aos pits, disse: "Acho que há algo errado com os pneus, é melhor parar agora" e foi para casa. Não havia nada de errado com o motor. A maioria dos pilotos quer usar o equipamento o máximo possível porque podem nunca mais conseguir voltar. Acho que Ayrton já sabia de seu destino.


Quando ele se consagrou na F-1, o que fazia dele um piloto especial?

FW: Em testes e na pilotagem ele concentrava sua mente o tempo todo. Também aprendi em muitas negociações que a estratégia de negócios dele era como a de um mestre de xadrez. Ele tinha muitas manobras bem planejadas antes de se engajar. Ele sempre estava pronto e tinha performances impressionantes.


Qual qualidade dele tem relevância comparado com os pilotos de hoje?

Frank Williams: Penso que, de várias formas, ele definiu a F-1 atual. Ele foi a primeira pessoa a perceber a importância da absoluta superioridade sobre seus rivais em todos os aspectos do trabalho, seja fisicamente ou em termos de completa dedicação e foco mental. Ele sempre estava pensando. A atenção à absoluta superioridade era algo à frente de seu tempo, eu diria. Ele criou uma nova mentalidade no esporte neste aspecto, algo que você vê Schumacher usando muito hoje.

Senna teve uma dura e longa rivalidade com Prost. Você acha que incidentes como o do Japão 1989 encobriram a reputação dele e prejudicaram o esporte na época?

Frank Williams: A rivalidade Senna-Prost foi boa para a F-1. Ela tornou o esporte mais noticiado e atraiu atenção, o que ajudou o lado dos negócios. O incidente no Japão foi ruim para a equipe e para os pilotos, certamente para Ayrton, mas foi uma sensacional notícia. Como um purista, ninguém vai duvidar de seu compromisso com a vitória. Essa não é a essência de um grande esportista? Diria que ele nunca foi perigoso, na minha visão. Alguém que corria riscos, certamente, mas eu sentia que ele aproveitava as oportunidades das corridas que outros não estavam preparados para conseguir.

Como você caracterizaria as diferenças entre Ayrton e o grande rival dele?

Frank Williams: Posso ser tachado de herético, mas sempre suspeitei que Alain de fato tivesse uma habilidade maior. Digo isso lembrando que Ayrton ia mais ao limite do que Alain. Mas Alain nunca explorou o extremo tão consistentemente ou de maneira bem sucedida como Ayrton. Alain corria riscos calculados. Ayrton certamente examinava e então guiava, direto ao limite. Ayrton era todo coragem e pilotagem no carro. Apesar das muitas diferenças, eles também tinham semelhanças. Os dois eram pilotos muito cerebrais, grandes "pensadores". Mas as manifestações deste controle mental eram diferentes.

Como você se sentiu no 1º de maio de 1994?

Frank Williams: Foi muito difícil assimilar instantaneamente o que havia acontecido. Houve um sentimento de responsabilidade, já que ele foi morto em um carro Williams. A verdadeira gravidade e a sensação de seriedade levaram alguns dias para serem percebidas.

Qual foi o impacto da morte de Senna na F-1?

Frank Williams: O esporte de repente ficou com um enorme buraco negro, já que Ayrton foi o melhor e mais marcante da F-1 naquela era. Ele era o campeão do esporte dentro e fora do carro. Sua perda foi um grande choque. Houve uma contagiante sensação de vazio.

O que você consideraria como o maior legado de Senna?

Frank Williams: O mais visível é a incrível base de fãs. Ainda agora, as pessoas lembram dele, falam sobre ele. Você ainda vê posters, camisetas. Ayrton não foi um evento passageiro. Ele foi algo muito especial, duradouro. Ele deixou uma impressão considerável entre aqueles que o conheceram, assistiram, competiram ou ouviram falar. Seu alcance foi vasto.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Queda de Braço

Em meio a tanta besteira que se ouve falar depois das corridas, ouvi um bastante interessante. Diz respeito aos pilotos que disputam o título e aos seus carros. Foi veiculada por um diretor da Bridgestone, fornecedora de pneus da Ferrari e McLaren que, observando o desgaste dos pneus, relatou que o carro da McLaren tem uma tendência a sair de traseira enquanto os Ferrari saem de frente. Tal fato daria uma vantagem à McLaren durante a classificação:
"Basicamente, a Ferrari tem maior tendência a sair de frente do que a McLaren", contou o diretor ao site da revista Autosport.
"O carro da McLaren sai um pouco de traseira. Quando os pneus têm boa aderência, o carro com característica será mais rápido em uma volta única do que aquele que sai de frente ou que tem um acerto "neutro".
"Porém, quando você pensa sobre as condições de pista, especialmente com as temperaturas que tivemos em Hungaroring, então um carro que saia de traseira deve gerar mais calor na traseira que o carro que sai de frente. A temperatura está fazendo a diferença", afirmou Hamashima.
Quanto a Felipe Massa e Kimi Raikkonen, Hamashima disse:
"Quando as condições do carro estão favoráveis, as habilidades de Felipe são 110%, porém, uma vez que o carro não está tão bom, sua habilidade é de 90%. O Kimi consegue uma performance de 100% mesmo quando as condições do carro não são tão boas".
Pouca gente teria isenção e descompromisso para fazer tais assertivas acerca de carros e pilotos. E mais. As afirmações têm respaldo técnico, pois o desempenho dos pneus depende da análise do comportamento dos carros e pilotos.
Vamos esperar que as condições do carro estejam sempre favoráveis para que Felipe deslanche no campeonato e Raikkonen continue levando olé do brasileiro.
Porém, a McLaren continua melhor que a Ferrari, e Hamilton continua firme e na frente da tabela de pontos.
O GP de Valência, que é uma incógnita, será decisivo na demonstração de quais equipes e quais pilotos têm mais força pra vencer essa queda de braço. Acho que a McLaren tem boa vantagem. Dizem que o carro de Hamilton agora tem novos “chifres” aerodinâmicos!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Aí é... aí é difícil !


A sensação é a mesma daquele que, ao estar próximo do orgasmo junto a uma estupenda fêmea, leva uma paulada naquele lugar que vocês estão imaginando.
Que falta de sorte de Felipe Massa!
Largou cheio de Viagra e terminou eunuco.
Estava administrando a prova, com o giro do motor lá embaixo. Fez uma largada fenomenal partindo pra dentro do “sebozinho” e fazendo-o enfiar a viola no saco. Freou pra lá de “Deus me livre”, fritou tudo e foi embora. Deixou pra trás a humilhação sofrida pela Ferrari quando, mesmo diante do erro da McLaren, Hamilton voltou, passou por todos e venceu na penúltima prova.
Muita infelicidade. Mas isso é automobilismo. Lembram do Schumacher no Japão, em 2006, quando vinha em primeiro, a caminho da vitória que poderia levá-lo à disputa do oitavo título e o motor quebrou? Pois é. Não deveria acontecer, mas às vezes acontece.
Ainda assim, o disparate de Lewis no campeonato não foi maior porque a McLaren novamente errou ao não trocar os pneus do inglês no primeiro pit stop. O resultado foi o pneu furado ao fritá-lo numa das freadas.
O Hamilton está com o “back side” apontado pra lua e o “sem sal” do Kimi ainda veio no bonde.
A McLaren está melhor que a Ferrari mas, diante da força demonstrada por Felipe Massa eu acredito na recuperação.
Só que a sorte tem que o acompanhar daqui pra frente porque senão vai ser difícil!

Valência

Valência tem freadas fortes, muitos cotovelos e não tem área de escape. Na busca para andar o máximo num circuito desconhecido os erros acabarão acontecendo. Veremos quem tem melhor capacidade de adaptação. Este será o provável vencedor.