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segunda-feira, 24 de março de 2008

"...Senti Algo Estranho..."

Por estar viajando, não pude postar nesta coluna durante o fim de semana. Porém, como faço há 24 anos, assisti aos treinos e à corrida com aquela imensa vontade de ver a recuperação da Ferrari e, principalmente, a volta por cima de Felipe Massa. Consegui assistir à primeira, mas quanto a segunda...
Tudo começou da melhor forma, co
m a pole de Felipe e Kimi completando a primeira fila. Com a punição das McLaren parecia que tudo ficaria mais fácil. E realmente foi, para Kimi. Massa largou e se colocou à frente de Haikkonen. Lewis, com arrojo e precisão, adquiriu várias posições mas teve problemas na troca de pneus o que comprometeu sua corrida. Kubica andou o que pôde sem cometer erros e isso foi mais do que suficiente para garantir, com brilhantismo, a segunda posição. Kovalainen, que vem surpreendendo, mais uma vez andou tão ou mais rápido que Hamilton. Alonso continua operando milagres ao pontuar com aquele carro e Heidfeld, competente como sempre, começa a ser “assombrado” pelo polonês. Trulli conseguiu colocar a Toyota em quarto e merece elogio.
Entretanto, o que se viu foi um banho de Kimi. Lá na frente ele se deu ao luxo de buscar seguidas voltas mais rápidas no fim da prova. Sobrou muito. Parecia corrida de outra categoria. Enquanto isso, seu companheiro Felipe Massa...

CULPADO: “COELHO DA PÁSCOA”

Enfim foi descoberta a causa do “algo estranho” que Felipe Massa sentiu ao entrar mais forte do que devia naquela segunda perna de curva. Foi um “chocolate finlandês” comido por ele antes da prova. Maldito Coelho!!! Será que ele já havia dado o “chocolate” para Felipe antes da largada em Melbourne? Parece que, após ingerir tal chocolate, “algo estranho” escorre pelo cockpit e cai sob a roda traseira esquerda do carro fazendo Massa rodar apontando o bico da Ferrari para a direita.
É melhor crer nisso ou enfrentar a realidade?

Voltando ao mundo real, a verdade é que Felipe Massa cometeu o mesmo erro que havia cometido em Melbourne, qual seja, a afobação. Na A
ustrália ele se afobou e acelerou antes. Na Malásia ele entrou forte demais e se perdeu. Ele está sofrendo o efeito “areia movediça”. Quando se está na areia movediça, a afobação só faz a pessoa afundar cada vez mais. È preciso ter calma e parar para raciocinar a fim de buscar uma saída para tal situação.
São dois pontos que devem ser considerados nessa nova F-1: as dezessete corridas da temporada e a pontuação que privilegia o segundo colo
cado e dificulta a recuperação por mais que se vença corridas. Felipe Massa vem esquecendo-se de ambos ou sequer parou para pensar nisso, o que seria mais grave, porém, menos provável.
Felipe Massa está há seis anos na F-1 mas aparenta não ter experiência para administrar o ímpeto e entender que, naquelas circunstâncias, somente um erro de Kimi lhe daria a primeira posição. O mínimo a ser feito seria ficar em segundo e garantir oito pontos que o deixaria três atrás do finlandês. Mas não. Mais uma vez forçou na hora errada e errou. Comprometeu a si no campeonato de pilotos e à Ferrari no de construtores. Poderia estar seis pontos atrás de Hamilton e agora está quatorze. A Ferrari poderia estar em segundo e está em terceiro. Em quem a Ferrari depositará confiança?


GALVÃO E REGINALDO.

Com todo respeito e admiração que tenho por Galvão Bueno e Reginaldo Leme, afinal os ouço desde que comecei a assistir fórmula 1 e eles estão nisso há muito mais tempo que eu, começar a aventar um possível favorecimento da Ferrari a Ki
mi em detrimento de Massa soa pra mim como uma afirmação descabida. A verdade é que Haikonnen voltou dos boxes e abriu quase cinco segundos em relação a Massa. Culpa ou não de um set melhor ou pior de pneus, passar Felipe seria uma questão de tempo e os seis décimos de segundo não fariam diferença pois Kimi já era mais rápido antes mesmo da parada e a Ferrari sabia disso. Ainda que acreditemos na hipótese de favorecimento, a Ferrari somente teria facilitado as coisas e evitado que o “destempero” de Felipe pudesse vir a comprometer não só a sua corrida como também a de Kimi Haikkonen numa eventual disputa de posição. Seria grave, mas não tanto como os favorecimentos outrora ocorridos em tempos de Schumacher. Favorecido ou não Kimi venceu e fez a sua parte.


MASSA

Confesso que sou órfão de uma geração ímpar do automobilismo. Aquela famosa foto reunindo no muro do paddock Senna, Prost, Piquet e Mansell traduz tudo. São onze títulos conquistados pelos quatro. Sem falar em Niki Lauda, Keke Rosberg e outro campeões mais. Todos contemporâneos.
Após a morte de Senna o torcedor brasileiro tem buscado alguém em quem realmente se possa confiar e acreditar. Felipe Massa é, desde então, a nossa maior esperança. Porém, venho sentindo aquela dolorosa carência que sentem os órfãos. É péssimo ter que dar o braço a torcer e voltar a contemplar o automobilismo como admirador do esporte e não mais como apaixonado torcedor brasileiro. O coração de torcedor está voltando a convalescer.

Faltam dezessete corridas. Reage Felipe! Por você e pelo coração brasileiro!

Um comentário:

Priscilla Bar disse...

Bem bacana o post.O "coelho da páscoa" foi ótimo..hahah.

Felipe precisa por a cabeça no lugar.Ele fala muito,faz pouco.Sei lá.nessas horas prefiro o Raikkonen,que nao fala,mas é eficiente.